025 – Príncipe – Regresso a Santo António & Artes Plásticas
Fruta-Pão caída no chão; a qual já apresentei na crónica 13.
O regresso já é solarengo!! O que choveu esta manhã… Parecia um dilúvio… e agora já está tudo seco, parece que faz sol há uma semana. E o sol aqui é pujante… o suor escorre-me pelas costas. Parece que sinto bicharocos a fugirem pelas costas. Conheço esta sensação. Qualquer dia são mesmo bichos e eu ignoro por pensar que são gotas de suor.
Fruta-pão.
A árvore-do-pão.
Ela perguntou-me se eu queria levar um bebé para casa, para Portugal. Mostrou-me o bebé nas costas. Eu ri-me e disse que não, que dá muito trabalho. Quando passou outra mulher, ela contou-lhe a minha resposta: “É muita maçada“, disse ela a contar à outra, e ambas riram-se.
Lá em cima, de tshirt azul clara, está o Patrick. Eu ainda não sei quem é, mas já vou saber quando lá chegar.
Cá está o Patrick com o seu fiel amigo. Como se chama o teu cão?, perguntei-lhe. “Apuki” – respondeu-me. Não faço ideia se se escreve assim. Pelo menos diz-se assim. O Apuki é um cão visivelmente feliz, na companhia do seu dono de 5 anos. Nem sabe a sorte que tem em ter o Patrick como companheiro de brincadeiras. A educação relativamente aos animais começa assim, de pequenino. O Apuki abana a cauda, contente, e semicerra os olhos de satisfação.
O primeiro gato que vejo no Príncipe! Só consegui esta foto, muito mal tirada, antes dele desaparecer. Foi pegar na máquina e disparar, nem foquei nem nada. Mas é um momento histórico. Estou no oitavo dia no Príncipe e é o primeiro gato que vejo! Já me perguntava se existiam gatos por aqui, nesta ilha minúscula. Eram dois! Não era só este, eram dois! Pelo menos dois gatos no Príncipe existem, sou testemunha!
Aqui temos a Josefina, com 81 anos, que viveu 2 anos e 8 meses em Faro, Portugal. É de Cabo Verde, mas tem a vida toda aqui em São Tomé e Príncipe. Voltou de Faro para cá em janeiro de 2019, há seis meses, portanto. Em Faro esconderam-lhe os documentos para ela não voltar para São Tomé e Príncipe, mas ela chorou muito, chorou tanto até que voltou. Mas agora quer voltar para Portugal antes de 2019 terminar. Trataram-na bem, gosta muito de estar em Faro, tem lá as suas amigas. Aqui tem 4 filhos, tem a casa, mas já se arrependeu. Em Faro vive melhor. Uma das filhas está em França.
Saiu de Cabo Verde aos 19 anos. Conta-me que vai lá todos os anos.
E agora a Josefina vai a pé para a igreja em Santo António. Neste momento estamos numa terra chamada Santo Cristo, é aqui que mora. É a famosa terra das minhas subidas matinais, o suplício de Santo Cristo, como eu lhe chamo. Mas agora é a descer, agora irei a toda a velocidade. Despedi-me, deixei-a ocupada aparentemente a pregar junto destas pessoas, e segui caminho.
Cheguei às 11h a Santo António. O sol desapareceu novamente. Chuvisca. Fui visitar a Lucila, mas estavam lá outras pessoas que me disseram que ela está em casa e que só vai trabalhar à tarde. Foi uma mulher a pentear uma criança que me informou disto. Perguntou-me se quer que o filho me leve a casa dela. Só percebi “filho levar” e perguntei se era para levar a criança para Portugal. Ela riu-se. Eu contei-lhe a outra história, vivida há momentos, de me terem perguntado se quero levar um bebé para Portugal e que eu respondi que dá muito trabalho e despesa. E agora já estava a ver que tinha recebido outra oferta. Um homem numa mota, a ouvir a conversa, disse que assim, não tendo filhos, eu não pagaria a dívida aos pais. “Dívida?! Não me tivessem tido, eu não pedi para nascer!” Eles riram-se todos.
Entretanto encontrei Tânia no caminho, que me disse que a Lucila mudou-se para a rua de trás. Perguntei-lhe quais são as praias que não estão desertas, que têm a aldeia junto, para eu poder estar sem receio. Respondeu-me que a praia do Abade é a única com casas onde dá para estar à vontade. Todas as outras são desertas.
Passei na casa da Norá, está tudo fechado.
E nestas voltas desequilibrei-me na bicicleta, parada, a mexer na câmera. A bicicleta parada e eu a mexer na câmera, montada na bicicleta, na berma da estrada. Pois desequilibrei-me e ao cair atirei com a máquina fotográfica ao ar. Foi ao chão, ficou a dois ou três metros de mim, e o filtro partiu-se em estilhaços. O filtro é um vidro protetor da lente; é transparente, é praticamente invisível. Todos ficaram a olhar. Estava um grupo de homens junto ao que creio ser uma oficina, todos espantados a olhar. Mas ela está a atirar a máquina ao ar? Zangou-se ou quê?
Eu nem cheguei a cair, consegui equilibrar-me. Mas adeus filtro. Já não ter partido mais nada foi uma sorte. Ficou a funcionar bem. Foi uma queda aparatosa da máquina, a voar até ao meio da estrada. E eu na berma. Os homens acabaram por rir, com este insólito episódio. E os estilhaços de vidro ficaram no chão. Se calhar devia ter apanhado os que conseguisse. Ainda fura algum pneu ou fere alguma pata dum cão.
Fui ao cemitério pela quinta vez. A ver se está aberto.
“Hoje? Hoje é feriado!” – disse-me uma senhora na casa ao lado. “Ontem esteve a tarde toda aberto. Agora só segunda feira!” – acrescentou. Pronto. Hoje é sexta-feira e na 2ª feira eu parto para São Tomé. Partirei sem ter conseguido entrar no cemitério do Príncipe! Ainda ponderei ir ter com o Sr. Hilário a sua casa, se ele morasse aqui em Santo António. Mas não, ele mora numa terra longe, disseram-me.
Cheguei ao meio-dia ao restaurante. Ainda é cedo, o menú hoje será massa com peixe, está a fazer-se. Vou tomar banho entretanto. Está tudo fechado e desolado por ser feriado.
Como nozes e leite frio para aguentar até ao almoço. Tenho 6h de passeio e ando a Ultra-Levur. Por hoje chega. Guardei a bicicleta no quarto. Fiz 19,5 km hoje.
Enquanto eu me preparava para tomar banho apareceu a senhora com o pequeno almoço. E papel higiénico extra. Eu perguntei-lhe se podia trocar as toalhas, pois estas já estão muito sujas. Trocou-me as toalhas. E reparo que o pequeno-almoço só tem pão. Nem fiambre, nem queijo, nem manteiga (ou creme para barrar, pois manteiga nunca há). “Não há queijo nem Planta”, diz-me. “Vou telefonar ao patrão a pedir para comprar”.
Isto é bizarro. Um hotel que não compra os ingredientes para os pequenos-almoços. Não me digam que também tenho de ir comprar Planta na mercearia aqui ao lado. Estão lá muitas à venda, até já as fotografei.
São 13h30, ainda estou com o cabelo molhado depois do banho, e estou muito contente a comer esparguete. O que seria da minha vida sem esparguete. Ainda por cima foi o único pratinho de esparguete que comi num mês inteiro, em São Tomé e Príncipe. E estava uma delícia. Com peixe, chouriço, salsichas e feijão. E nunca tinha comido pão com esparguete, mas molhado naquele molho, desapareceu todo. E ainda por cima picante. Eu a tomar Ultra-Levur para regular a flora intestinal, a recuperar do dia de ontem, e devoro já um pratinho picante de esparguete com chouriço, salsichas e feijão. Obrigadinha pela ajuda, Rute – deve estar o meu organismo a dizer. O que é certo é que fiquei bem, ele lá se aguentou.
E não havia guardanapos, a Kita mandou comprar de imediato. Veio um miúdo poucos minutos depois com um pacote. “Senhorrra”, chamou ele a Kita, para entregar-lhos. E recebi logo um guardanapo.
Atrás de mim está a Mónica, que trabalha aqui no restaurante da Kita. É conhecida por Mulata. Quer ir para Portugal, diz-me. Não sei se será bom, digo-lhe eu. É só trabalhar, trabalhar, e não ganha nada. De certeza que quer ir? Sim, responde-me. Eu acho que tem uma vida mais descansada e melhor aqui, mas pronto. Em Portugal não a esperam boas condições salariais, nem provavelmente bom tratamento em empregos da treta. É preciso formação para arranjar um emprego melhor.
Mas ela está decidida a ir para Portugal, não há nada a fazer. Tem lá família que pelos vistos a incentiva e dizem que a ajudam. Pronto, boa sorte, esperemos que corra tudo bem se decidir mesmo ir.
Hoje a Kita tem outro cliente principense a almoçar na mesa ao meu lado. “Até que enfim” – disse ele, quando chegou o seu prato de esparguete. Já aqui estava sentado antes de mim, e os nossos dois pratos chegaram ao mesmo tempo. Estiveram a ser cozinhados leve-leve. Estava a conversar com a Mulata quando eu cheguei: “Às 7 estava na cama, tenho muito trabalho, não fui às festas”. A Mulata estava a dizer-lhe que tinha medo de ir sozinha à discoteca.
Eu deitei-me às 8, nunca imaginei que alguém conseguisse dormir mais cedo do que eu. (Pensei eu, não disse nada). Perguntei-lhe se podia tirar-lhe uma foto. Ele estranhou. Não me conhece. Eu fotografo toda a gente que está nos restaurantes comigo. Ainda por cima é a primeira vez que tenho companhia no restaurante da Kita. Esta às vezes tem clientes mas ficam lá dentro, debaixo do alpendre, junto ao carvão. Aqui deve ser a sala dos ilustres. E muito ilustre é este convidado. Mal sabia eu com quem estava a falar. Nada mais nada menos do que Eduardo Malé, o artista plástico, e responsável pela 1ª Bienal de Artes aqui no Príncipe. Eu ia caindo para o lado. Agora é que tenho mesmo de tirar-lhe uma fotografia!!
Tem 46 anos, nasceu no Príncipe, vive atualmente em São Tomé, já viveu em Lisboa e estudou na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, na região centro de Portugal. E pelos vistos passei por si esta manhã, na bicicleta, e cumprimentei-o, contou-me. Pois, eu cumprimento toda a gente. Eram então 6 da manhã. E ontem viu-me às voltas na bicicleta, depois de almoço, aqui em frente. Andava à procura dum cão para dar-lhe arroz, expliquei. Disse-me que estes cães estão muito bem comparados com os de São Tomé. Se eu acho que estes estão mal, nem vou querer imaginar como estão os de São Tomé. A sério?… Agora até fiquei com medo do que vou ver.
Gostou do lagarto na minha tshirt, e disse-me que os lagartos são símbolos de boas notícias, de algo positivo. Curiosamente vejo precisamente uma entrevista sua onde fala disso:
“Outras das representações expostas são os Lagartos, que de acordo com Malé significam boa nova. “De acordo com algumas tribos e algumas aldeias africanas, o Lagarto significa boa colheita, pensamento positivo e é nesse sentido que eu faço essa reflexão sobre a nossa sociedade; por outro lado eu não fico refém eu próprio dessa ideia, eu quero acreditar que é possível, e esses Lagartos vêm nesse sentido, como símbolo do acreditar que o amanhã será melhor”, concluiu.”¹
Auto de Floripes.
Foto retirada de STP Digital.
O Eduardo Malé falou-me então da I Bienal de Artes do Príncipe, que vai realizar-se de 14 de Agosto a 14 de Setembro 2019. Eu já não estarei aqui no Príncipe, que pena. A Bienal chamar-se-á Floripesfera: uma mistura entre Floripes + esfera = uma referência ao “Auto de Floripes” e à esfera da reserva da biosfera.
Os artistas vão ficar alojados no Centro de Estágios em Porto Real, contou-me.
O dia 15 de agosto é o dia de São Lourenço e é nesse dia que o Auto de Floripes é celebrado na Ilha do Príncipe. Trata-se de uma festa popular com raízes em Viana do Castelo (há mais de duzentos e cinquenta anos), mais precisamente no Lugar das Neves. Através de um fenómeno de aculturação tornou-se uma celebração assumida pelo povo da Ilha do Príncipe. Um fenómeno que levou a alterações estéticas profundas relativamente ao auto exibido no Lugar das Neves.
O enredo do Auto de Floripes tem o seu núcleo principal numa querela entre o exército do Imperador Carlos Magno e um exército turco de origem desconhecida. Como personagens principais emerge o cavaleiro cristão Oliveiros e o Rei de Alexandria, Ferrabrás. No início, a vitória pertence a Oliveiros mas logo depois vem a ser preso numa emboscada do exército turco. Durante a ação teatral vão decorrendo diversas embaixadas para que as divergências acabem por se resolver. Até que surge Floripes, filha do Rei turco (Almirante Balaão) que, caída de amores por um certo cavaleiro cristão, vem a trair o pai e, enfeitiçando o carcereiro, solta os prisioneiros e casa com Oliveiros. Desenrola-se, ainda, uma batalha onde os cristãos vencem os turcos mas estes vêm a ser libertados após aceitarem a conversão. Tudo acaba numa festa imensa e numa dança de apoteose.
Enfim, um espetáculo único quer no Lugar das Neves, quer na Ilha do Príncipe. O Auto de Floripes, numa delegação vinda diretamente da ilha do Príncipe, esteve em Portugal na Expo 98, e em maio de 2009 no Centro Cultural Malaposta. Se em Portugal as Delegações oriundas da Ilha do Príncipe criaram espetáculo e emoção com a exibição do também chamado Auto de São Lourenço, na Ilha do Príncipe tudo é muito mais intenso; pois que todo um povo sai à rua para participar numa festa grandiosa que sente como sua mesmo não sabendo explicar bem o porquê.²
Segue a entrevista dada por Eduardo Malé ao jornal STP Digital:
“Durante os meus passeios pelas ruas de Santo António deparei-me com os ensaios gerais para o Auto de Floripes infantil. É uma coisa que prende porque não estamos habituados a ver uma representação desta dimensão em plena luz do dia.”, contou Malé.
E assim, surgiram-lhe as primeiras ideias: “Primeiro, comecei a pensar na possibilidade de realizar uma exposição individual com trabalhos meus à volta do Auto de Floripes. Mas rapidamente me dei conta que uma exposição seria algo muito redutor. Uma exposição seria um acontecimento que decorreria num intervalo de tempo e seria efémero. E, passados 3 meses ninguém se lembraria. Comecei a pensar em algo que tivesse uma dimensão, quiçá, maior porque envolveria mais gente, envolveria os habitantes do Príncipe”, disse o mentor da Bienal.
(…) [Eduardo Malé] decidiu encontrar pontos de convergência entre a arte, o folclore, e a exímia tradição cultural – Auto de Floripes.
Mais do que a abordagem histórica, a I Bienal Cultural Transatlântica convocará também disciplinas das artes visuais como: pintura, escultura, fotografia, videografia, performances, design, mas também música e danças tradicionais e folclóricas, e a gastronomia local.
No âmbito das atividades artísticas serão desenvolvidas oficinas e ateliers de formação para jovens e crianças, mas com uma atenção especial para as mulheres (…) “Há poucas mulheres a dar a cara, a manifestarem-se como artistas ou como artesãs. Então, no fundo é incentivar para que o ensino da atividade artística seja inclusiva também.
Haverá também uma barraca gastronómica – “Prova até ao fim do mundo” -, na qual as pessoas terão oportunidade de degustar pratos típicos do Príncipe. “Nós queremos uma barraca em que os sabores e os cheiros da ilha do Príncipe ganhem evidência e estejam presentes durante a Bienal”, disse Eduardo Malé.
Nesta Bienal, os artistas vão criar duas peças para que uma possa ficar em exposição permanentemente. Porque uma pessoa que visita o Príncipe, um turista, um cidadão nacional, não tem oportunidade de apreciar (mesmo através de fotografias), esta tradição forte que nós temos. Então, uma galeria de arte permanente vai possibilitar esse visionamento fora do período das festas”, anunciou o artista.
Do Príncipe para o Mundo
Se tivesse que definir numa única palavra o valor desta Bienal, Malé escolheria “potência”. Uma Bienal “transatlântica porque tem a ver com o percurso que faz o Auto de Floripes, que é uma tradição cultural que é trazida para São Tomé e Príncipe, mas que tem a sua origem na Península Ibérica, Espanha, Portugal. Espanha leva o Auto de Floripes para Peru, Nicarágua e Chile”, explicou diretor geral da Bienal.
“A investigadora Alexandra Gouvêa Dumas fez um estudo muito aprofundado sobre o Auto de Floripes que é celebrado na Ilha do Príncipe e a festa de mouros e cristãos que é celebrada em Prado, na Bahia. Faz uma relação com o que é celebrado na aldeia de Neves em Portugal, em Viana do Castelo, daí a utilização do termo transatlântico”, contou.
Os principais desafios para a organização do evento têm sido o financiamento e questão da dupla insularidade de que padece a ilha do Príncipe. “Outra preocupação é o preço dos voos na altura das festas, que será em Agosto, época alta em que os voos estão completamente inflacionados. Mas é um desafio interessante porque ao tratar-se da primeira Bienal nós queremos que corra bem, e no fundo, fazer uma produção artística cujo lema será “do Príncipe para o Mundo”, disse o artista plástico.³
Neste vídeo da RTP pode ser vista uma entrevista dada por Euardo Malé, em Maio de 2019, sobre a Bienal, com a duração de dez minutos. Começa aos 45 minutos.
Às 3 da tarde levantámo-nos, no restaurante. Eu ainda fui ao quarto comer um chocolate (não há sobremesas na Kita…) e lavar os dentes. E depois vim visitar as obras do armazém onde vai realizar-se a Bienal. É aqui, neste edifício.
Vim a pé, deixei a bicicleta no quarto, e curiosamente uma rapariga abordou-me na rua: perguntou-me o nome, e também me perguntou pela bicicleta. Pois, vêem-me sempre de bicicleta. Até eu já estranho andar a pé.
Hoje é dia 12 Julho, 6ª feira. Falta um mês para a Bienal e têm ainda muito trabalho pela frente!
Às 15h35 estou no quarto. Às 17h adormeci enquanto fazia backup das fotos na cloud. Pouco antes das 18 acordei, levantei-me e fechei as portadas das janelas e fui dormir. É noite cerrada. Acho que nunca me tinha deitado às 5 ou 6 da tarde para dormir até ao dia seguinte. Efetivamente estou a cair de sono e vou dormir quase 11h seguidas, hoje.
¹ Lisboa, Brany Cunha (2019, 28 Maio) “Exposição – Eduardo Malé critica construtivamente a forma de pensar dos são-tomenses”. Repórter STP. Página consultada a 30 Setembro 2019,
<http://www.reporterstp.info/cultura/exposicao-eduardo-male-critica-construtivamente-a-forma-de-pensar-dos-sao-tomenses/>
² Gomes, Victor Sales (s.d.) “O Auto da Floripes”. Diplomatic Magazine. Página consultada a 30 Setembro 2019,
<http://diplomaticmagazine.pt/2018/05/19/o-auto-da-floripes/>
³ Aragão, Katya (2019, 4 Março) “Príncipe vai receber a I Bienal Cultural Transatlântica”. STP Digital. Página consultada a 30 Setembro 2019,
<https://stpdigital.net/2019/03/04/i-bienal-cultural-transatlantica/>