33 – Passeio no elétrico 10
É desta que vou comer o schnitzel de carne de porco que comprei ontem no supermercado. É bom, parece um croquete, mas espalmado.
E o resto do queijo, à dentada. Sempre gostei de comer queijos como se fossem maçãs.
Este texto está na estátua da foto anterior, e está assinado por “Ronald Reagan / 1988”. Mas esta pedra não permite ler nada. Nem o desgraçado do Google Translator consegue perceber as letras. Eu ainda consigo ler as primeiras palavras, na parte de baixo, em inglês: “Não há realmente nenhum último, nenhum final (…)”.
Efetivamente ando à deriva, não tenho planos. Sou a flâneuse do Baudelaire. Estou longe de casa e ainda assim sinto-me em casa em todos os lugares.
São agora 13h06. Às 16 tenho que ir ao hotel buscar as bagagens, e vou apanhar o metro para o aeroporto. Há metro direto para lá, desde Serdika, e prefiro andar de metro do que de táxi.
Este edifício é a Catedral de Sveta-Nedelya, onde assisti ao casamento, na crónica 25. E à minha direita há outro:
Igreja de Sveti Georgi (São Jorge), também pertencente à igreja ortodoxa búlgara.
Cada vez que passo na Catedral de Sveta-Nedelya, está a acontecer algum evento. Será um batizado agora?
São 13h20, vou dar um passeio de elétrico amarelo. Vi passar um e fiquei inspirada. Vou esperar pelo próximo. Só entro se for amarelo. Não sei qual destes três é amarelo. Já andei num verde, na crónica 25.
Ora aqui vem um elétrico amarelo. E os carros têm de parar para eu entrar. Ainda passou um elétrico verde, primeiro, e a senhora que estava na paragem foi nele. Sou a única pessoa na paragem, e os carros têm de parar para eu passar.
Cá estão as pessoas a andar pelo meio dos carros parados no semáforo, para entrarem e saírem no elétrico.
O que é aquilo? Também há elétricos vermelhos?!… Já não tenho tempo para andar naquele.
O Google Translator diz-me que é (ou era) a Escola Técnica de Sófia.
Não faço ideia que igreja é esta.
E esta foi uma experiência novíssima e interessantíssima. Eu nunca tinha andado de elétrico no meio da floresta, e muito menos em plena capital europeia.
Estou a chegar à última paragem. E estou a reconhecer isto – é Vitosha, onde saí de metro na crónica 28, para ir para o zoo.
Já estou na viagem de regresso a Serdika. Nem saí do elétrico, aqui em Sófia não é preciso sair.
E pronto, saí na paragem onde entrei. São agora 14h56. Vou descansar um pouco na receção do hotel, carregar a bateria do telemóvel (nem devia ter vindo para a Bulgária sem a ter substituído, pois ela já atingiu o prazo e está a descarregar depressa demais) e de seguida vou para o aeroporto.