25 – Primeiro passeio por Sófia

Como já tive oportunidade de dizer antes, eu ia morrendo com estes preços do leite. Eu consumo bastante leite de vaca. Gastei uma pequena fortuna em leite, supostamente búlgaro!!, nesta viagem. Os da direita são 2€ o litro. Comprei o mais baratinho, 3,19 leva. (Recordo que a moeda na Bulgária é o lev, e que no plural se diz “leva”. O câmbio que estou a usar é 1 lev = 1,96 euros). Ficou em 1,63 euros, por conseguinte. Perante estes preços, espero bem que as vaquinhas sejam muito bem tratadas, em suites individuais.

Estavam a oferecer duas latas de cerveja a quem passava aqui. Eu não quis, nem posso andar carregada. Mas quando regressei, já mais tarde, eles continuavam aqui, e então aceitei-as e ofereci-as ao rapaz da receção – um rapagão alto – que carregou com a minha mala grande até ao andar de cima, onde fica o meu quarto. Ele é que se ofereceu, eu não pedi, nem estava à espera disso. Nos hotéis mais baratinhos existem estes inconvenientes – não têm elevador. Bom, ele ofereceu-se para levar a minha mala, e eu ofereci-lhe as duas cervejas. E ainda mais um garrafão de 5 litros de água, quase cheio, no final da estadia, quando fui para o aeroporto, pois enganei-me ao comprá-lo. Pensava que não tinha água no quarto, afinal tinha.

Vou andar neste elétrico verde. É o número 12. Não faço ideia onde vai, nem quanto tempo dura a viagem. Vou até ao fim e volto. O bilhete é comprado diretamente ao guarda-freio, através de uma pequena janela. Comprei dois bilhetes, ida e volta, mas afinal basta um, pois não é preciso sair do elétrico, quando chega ao fim. Fiquei lá dentro, esperei uns 10 ou 15 minutos, e arrancou de volta.

Um bilhete custa 2 leva.

Parece-me que há mais cães abandonados em Sófia, do que em Lom. Em Lom há gatos, aqui há cães. Eu já não estou habituada a ver isto na Europa. Na União Europeia. Eu vi isto em África e na Ásia.

Aqui já estou a pé, já saí do elétrico. Esta é a catedral de São José, em Serdika, junto ao meu hotel. Pertence à igreja católica.

Está fechada. Hoje é sexta-feira e são 17h18.

Ruínas romanas junto à catedral.  Recordo que estou no centro de Sófia, numa zona chamada Serdika. “Sérdica” era uma cidade romana, do século VIII a.C., aqui situada, onde hoje é a capital da Bulgária.

Catedral de Sveta-Nedelya, pertencente à igreja ortodoxa búlgara. Continuo no centro, em Serdika. São agora 17h27 e já não vou afastar-me, em breve irei para o hotel, aqui ao lado. E tenho que andar naquele elétrico amarelo, também. Mas não vai ser hoje.

Vai acontecer alguma coisa nesta catedral ortodoxa. Será um batizado?
A placa na parede diz em búlgaro e em inglês: “A 16 de abril de 1925, um grupo de comunistas explodiu esta igreja, cujo objetivo era assassinar Sua Majestade o Rei Boris III. Este ato de terrorismo tomou as vidas de muita gente inocente.”
(Em inglês diz “Rei”, em búlgaro diz “Czar”, segundo o Google Translator. E no final do texto, apenas em búlgaro, diz “Deus os perdoe”).

Eu entrei na catedral e sentei-me. Há muitos lugares vagos e decorre uma missa.

E aqui já se tinha passado meia hora. A missa entretanto terminou, a igreja começou a encher, e meia hora depois vejo-me num casamento. Bom, eu já cá estava. E cá continuei. Nunca tinha assistido a um casamento da igreja ortodoxa, foi hoje.

Os noivos recebem uma coroa, cada um.

Depois dão várias voltas à mesa do padre, com os padrinhos a segui-los.

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