095 – 19º Dia de Viagem, Adeus Kupang
Despertador às 5. Pequeno-almoço às 5.45h. Saída às 6.30h.
Na receção entregaram-me a roupa lavada. Também lavei as luvas com sabonete, ainda não secaram completamente.
O pequeno-almoço está disponível desde as 4 da manhã até às 10 horas. Gosto disto. E vou ter outro banquete, está visto. Fico já almoçada, com estes pitéus todos. Tenho de provar tudo.
“Bubur Ketan Hitam”, uma especialidade da Indonésia. É uma papa doce feita com arroz glutinoso preto, leite de coco e açúcar de palma (porque tem origem numa palmeira) ou simples açúcar da cana-de-açúcar . O arroz glutinoso preto é fervido até ficar macio, e açúcar e leite de coco são adicionados. É frequentemente descrito como “pudim de arroz glutinoso preto”. É servido como sobremesa ou lanche, para o jantar, para a hora do chá, a qualquer hora do dia; no entanto é uma escolha popular para o pequeno-almoço. Às vezes é referido simplesmente como ketan hitam ou pulut hitam, que significa “arroz glutinoso preto”, enquanto “bubur” significa papa em indonésio.¹
Eu experimentei, gostei e fui buscar mais.
Lembro que estou a comer às seis da manhã. E com vontade e prazer. (Apesar de ser cedo, não sou a única no restaurante).
Manteiga da Nova Zelândia. (Aleluia, manteiga!)
Foto tirada duma janela do hotel, no corredor.
Não sei porque é que diz “2 adultos” dado que pernoitei sozinha… (Esta é uma maneira de arranjar problemas com o legítimo, querem ver o sarilho em que este hotel vai meter-me?…) A bebida de cardamomo e o jantar ficaram em 227.480 rupias, ou seja, cerca de 14€. A lavandaria ficou-me em cerca de 11€.
E partimos na pickup. O Sanches custou a deixar o vale dos lençóis, apercebi-me entretanto. Eu e o Valério somos muito madrugadores mas o pobre Sanches não é dado a estas madrugações. Chegaram um pouco tarde e ainda sem pequeno-almoço. Ora o Valério está sempre pronto primeiro do que eu, pelos vistos tem agora um companheiro mais complicado de gerir. Ambos ficaram longe do centro, a cerca de 35 km, apercebi-me também pela quilometragem da pickup. Espera-nos uma longa viagem até Timor-Leste. Desta vez não vamos pela estrada principal, desta vez vamos pelo campo, em estradas de terra e pedras. Vamos para já buscar o Rui, o qual será o nosso guia local neste novo caminho. O Rui já apareceu na crónica 92 a mostrar-me o “Bua Malus”, a substância vermelha que se masca em Timor. Seguirá connosco até Kefamenanu, ainda na parte indonésia (crónica 88) e depois regressará a Kupang numa Microlet, ou seja, as carrinhas que fazem de transporte público.
Paragem para reabastecimento de leite. Eu perguntei por leite branco. A senhora olhou à procura, na foto anterior, e depois veio aqui ver. Só há leite com chocolate ou morango. Levámos leite com chocolate.
Visita à praia “Lasiana”, em Kupang.
Está deserta porque são 7 e meia da manhã. Ainda nem chegou o funcionário que cobra as entradas – paga-se uma entrada nesta praia. Ouvem-se as motos ao fundo, mas é relativamente silenciosa. Devemos estar a uns trezentos metros da estrada principal.
Só percebo duas palavras: Tsunami e Evacuação. Mas indo ao Google Translator vê-se o significado completo: “Waspada” significa “cuidado”. A placa indica: “Cuidado com o Tsunami, obedeça às instruções de evacuação”. Curioso, este sinal. O tempo está pacífico, por enquanto.
¹ “Bubur Ketan Hitam” (s.d.). Wikipedia. Página consultada a 20 Janeiro 2019,
<https://en.wikipedia.org/wiki/Bubur_ketan_hitam>