053 – Subida do Ramelau & a Presença Colonial Portuguesa
Continuando o tema da crónica 51 – a rebelião do liurai timorense Dom Boaventura.
Aproveitemos esta subida a pé da montanha mais alta de Timor (2986 metros de altitude – mas eu comecei a subir mais acima, serão 910 metros a subir) para meditar no que foi o colonialismo português em Timor. Desta vez ficamos com a análise de José Ramos-Horta, Nobel da Paz em 1996. (O nome de José Ramos-Horta ficará para sempre associado ao Nobel da Paz – será sempre o seu segundo nome, tal como D. Ximenes Belo. O meu nome é “Rute Norte anda de bicicleta”, os seus são “José Ramos-Horta Nobel da Paz” e “D. Ximenes Belo Nobel da Paz”. Cada qual carrega às costas a sua cruz).
Segue um extrato do livro de José Ramos-Horta, “Funu: A Saga Inacabada de Timor-Leste”. Sendo que “funu” significa “guerra” em tétum:
“Os portugueses chegaram a Timor dois anos após a conquista de Malaca em 1511. (…) [Porém] Bem antes da chegada dos portugueses (entre 1511 e 1513), a ilha de Timor já era conhecida pelas suas riquezas em madeira de sândalo, particularmente o sândalo branco. Os comerciantes árabes e chineses encontraram em Timor a sua melhor fonte desta riqueza e tentaram obter o seu monopólio comercial.
Uma comunidade de “Topasses” desenvolveu-se a partir do casamento de marinheiros, soldados e comerciantes portugueses com as mulheres locais. Os Topasses rapidamente se tornaram um importante fator político nas Ilhas de Sonda [as quais incluem a ilha de Timor], desafiando os portugueses às vezes, ou aliando-se a estes contra os holandeses. Os Topasses eram liderados por duas famílias poderosas, os Hornays e os da Costa, que estabeleceram um controlo tão firme nas ilhas que os portugueses foram forçados a reconhecer a sua autoridade de forma a conquistar a sua lealdade na luta contra os holandeses.
Ao longo dos séculos XVI e XVII, a coroa portuguesa tinha pouca autoridade sobre Timor, o qual era teoricamente governado desde Goa por um vice-rei. Os Topasses eram os governantes de facto das ilhas e desafiavam os representantes do vice-rei quando não estavam contentes com eles.
Apenas no século XVIII foi estabelecida a sede do governo na própria ilha de Timor. O primeiro governador oficial, António Coelho Guerreiro, foi nomeado em 1701. Iniciou uma estratégia de dividir para governar, a qual caracterizaria o colonialismo português nos dois séculos seguintes. Através de subornos, patentes militares oferecidas a chefes leais, e alianças explorando habilmente as rivalidades tribais, Guerreiro conseguiu minar, uma por uma, a autoridade dos governantes indígenas. No entanto, a autoridade portuguesa ainda era, na melhor das hipóteses, ténue.
Entretanto os holandeses prosseguiram os esforços para alcançar a hegemonia em toda a região. A primeira grande derrota para os portugueses foi a tomada de Malaca pelos holandeses, seguida por Kupang em Timor Ocidental. Os portugueses, uma potência marítima menor e mais fraca, começaram a ver a sua presença no Extremo Oriente a ser gradualmente reduzida à metade oriental de Timor. Um primeiro acordo fronteiriço entre os holandeses e os portugueses foi concluído em 1858, mas só em 1913 foi ratificado em Haga com a Sentença Arbitral. Como resultado deste acordo fronteiriço entre duas potências europeias, quando a Indonésia deixou de ser uma colónia holandesa e declarou a sua independência, em 1945, o Timor Ocidental Holandês tornou-se parte da República da Indonésia, embora toda a ilha de Timor nunca tenha feito parte de nenhum dos primeiros impérios hindus ou islâmicos que abrangiam o resto do arquipélago.
O controlo português de Timor-Leste foi, na melhor das hipóteses, ténue ao longo do século XIX. A sua presença estava limitada a alguns postos avançados costeiros. O campo era efetivamente governado por chefes poderosos como Dom Boaventura, considerado hoje como o primeiro guerreiro nacionalista contra os portugueses. Líder educado e astuto, Dom Boaventura uniu as tribos da ilha e lançou uma sangrenta campanha contra os portugueses, a qual durou 17 anos. Os rebeldes invadiram a capital, saquearam o palácio do governador colonial e estabeleceram uma sede do governo na região de Manufahi. No entanto, com o recrutamento de tropas moçambicanas para o exército português, bem como o poder de fogo superior europeu, Dom Boaventura foi finalmente dominado. Morreram milhares e 3.000 tropas rebeldes foram feitas prisioneiras.
A guerra de Dom Boaventura foi apenas uma numa série de revoltas contra o domínio português. Os livros didáticos portugueses tentaram retratar os “nativos” de Timor-Leste como “dóceis”, ao contrário dos de Angola e Moçambique. A ilha foi conquistada “com uma cruz, não com uma espada” – uma afirmação baseada no facto de ter sido um missionário franciscano quem primeiro pisou as costas de Timor. O notável historiador Basílio de Sá foi menos romântico na sua avaliação dos timorenses:
“Timor foi a última colónia a ser completamente pacificada. Em 1912, a presença portuguesa na ilha ainda estava em perigo, ameaçada pela rebelião do mais importante rei nativo, Dom Boaventura … Até esta data, a história de Timor tem sido uma longa história de duras batalhas, mudanças contínuas, vigilância apertada para estabelecer, consolidar e proteger o domínio português na ilha … Ao longo dele, foram registados atos épicos, lutas desesperadas de vida e morte, para que a bandeira portuguesa não fosse derrubada para sempre naquelas terras. Lifau, Mena, Cova, Ai-Tutun, Laku-Maras, Kailaku, Manatuto, etc, foram cenários onde a determinação indígena tentou extinguir, com chacinas e sangue, o nome português”.
A derrota de Dom Boaventura marcou o início do controle português do território e a penetração das montanhas no interior. O café, introduzido em 1815, tornou-se o mais importante produto de exportação, contabilizando cerca de 80% do volume total das exportações. Escusado será dizer que os beneficiários desta economia não eram os timorenses. Um total de 40% da produção de café era propriedade de uma empresa portuguesa cujos proprietários quase nunca puseram os pés na colónia. Outros 40% pertenciam a meia dúzia de famílias portuguesas, e o restante a alguns chefes tribais timorenses. A monocultura do café floresceu em detrimento de culturas alimentares menos lucrativas que eram vitais para a grande maioria dos habitantes.
A derrota de Dom Boaventura marcou o início dum período de relativa paz na colónia. A Segunda Guerra Mundial acabou com esta paz, porém. Embora Portugal tenha declarado a sua neutralidade no conflito, o Japão invadiu e ocupou Timor-Leste. Os japoneses desembarcaram nas praias da costa norte no início de 1942, pouco depois do ataque de 7 de dezembro de 1941 a Pearl Harbour. Mas os japoneses não foram as primeiras tropas estrangeiras a violar a “neutralidade” portuguesa. Um contingente de tropas australianas e holandesas desembarcaram em Timor-Leste por volta do Natal de 1941, apesar dos protestos das autoridades portuguesas. Timor-Leste tornou-se num campo de batalha.
Os timorenses foram obrigados a tomar partido. A guerra não era deles; era uma guerra travada entre rivais imperialistas e estendia-se a países que não tinham interesse algum no resultado. Atitudes japonesas arrogantes, e as suas práticas brutais de violar as mulheres locais, confiscar gado e plantações, e execução sumária de famílias inteiras, rapidamente colocaram os timorenses contra eles. Os 400 comandos australianos a operar no território, quase sem apoio do exterior, conquistaram a simpatia e a fidelidade da vasta maioria dos chefes tribais timorenses e do seu povo. Outros chefes que continuavam leais a Portugal juntaram-se na luta contra os japoneses, pois viram nestes uma ameaça à continuação da presença portuguesa na ilha.
Sem dúvida, os comandos australianos a operar em Timor-Leste tiveram um desempenho soberbo, e a sua coragem deve ficar na história como uma das grandes epopeias da guerra. Contudo, por mais corajosos e engenhosos que fossem, o seu sucesso e até a sua sobrevivência física eram devidos ao apoio do povo timorense. Das 400 tropas australianas a lutar na colónia durante três anos, apenas 40 morreram e a maioria delas de doenças e acidentes. Os timorenses, por outro lado, pagaram pesadamente. Milhares foram mortos a tiro, queimados dentro das suas cabanas, ou morreram de fome.
O fim da guerra revelou um Timor-Leste devastado. A sua economia miserável, fruto da mediocridade e mendacidade portuguesas, ficou ainda mais arruinada pela guerra. O seu povo foi quebrado fisicamente e psicologicamente. Os australianos e os portugueses comemoraram a vitória aliada. Os timorenses, que suportaram o peso da ocupação japonesa enquanto os portugueses mantinham a sua “neutralidade”, foram ignorados durante as celebrações da vitória. Para a Europa, havia um Plano Marshall. Para a Indonésia, onde Sukarno e os seus seguidores nacionalistas tinham colaborado ativamente com os japoneses, havia a recompensa da independência. Para Timor-Leste, houve o regresso dum poder colonial atrasado governado por um ditador fascista cujas simpatias durante a guerra foram para com as Potências do Eixo. No entanto, as potências aliadas, influenciadas pela Inglaterra, que tem com Portugal os mais antigos tratados de alianças na história, favoreceram a recolonização de Timor-Leste pelos portugueses.
“O governo português de Timor é um dos mais miseráveis. Ninguém parece importar-se nem um pouco com o desenvolvimento do país … depois de trezentos anos de ocupação, não houve um quilómetro de estrada construído para além da cidade, e não há um único residente europeu em nenhum local do interior. Todos os funcionários do governo oprimem e roubam os nativos o máximo que podem, e ainda assim não há nenhum cuidado em tornar a cidade defensável caso os timorenses tentem atacá-la”.
Assim escreveu Lord Alfred Wallace em 1869. A sua descrição do registo português em Timor-Leste, escrita no século XIX, foi igualmente verdadeira no período após a Segunda Guerra Mundial. Por muitos séculos, Timor-Leste foi a colónia bastarda – a mais remota, a mais rebelde e a mais negligenciada. As autoridades portuguesas apelidaram-na de “ante-câmera do inferno” porque a ilha era atormentada pela malária e outras doenças tropicais. No entanto, os portugueses pouco fizeram para melhorar as condições do país no período pós-guerra.
Timor-Leste estava no fim da lista do orçamento nacional português e dos planos de desenvolvimento. Nenhum ministro do gabinete jamais pusera os pés na ilha. Foi o local de despejo de dissidentes políticos, profissionais falidos e burocratas incompetentes. Foi somente na década de 1960 que a capital, Díli, recebeu eletricidade; o resto do país continuou a depender de lenha e velas. Em 1974, apenas algumas ruas principais de Díli foram pavimentadas. A educação tinha melhorado no final da década de 1960; um liceu e uma instituição secundária técnica estavam a tornar um certo número de timorenses educados para além da simples capacidade de escrita e leitura. Ainda assim, apenas um punhado de timorenses conseguiu obter bolsas de estudo para prosseguir estudos universitários em Portugal.
No início dos anos 1970, com a nomeação dum novo governador, o coronel Fernando Alves Aldeia, o futuro da colónia pareceu mais brilhante. Soldado liberal e um homem compassivo, Aldeia embarcou numa campanha para construir infraestruturas básicas em todo o país. Quilómetros de canos de água foram colocados, levando pela primeira vez água canalizada às aldeias remotas. Escolas foram criadas por todo o lado (embora com enormes deficiências) e instalações médicas básicas foram trazidas para as aldeias. O próprio Fernando Alves Aldeia era um homem político e as suas constantes viagens dentro do país pareciam também orquestradas para ganhar pontos em Lisboa; no entanto, o resultado deu perspetivas mais promissoras para Timor-Leste. Viajando a cavalo ou num veículo com tração nas quatro rodas, Alves Aldeia cruza o país, visitando aldeias inacessíveis nunca antes visitadas por um homem branco ou um timorense educado da capital. Cada aldeia visitada ganhava alguma coisa: uma bomba de água, um poço, uma escola, algumas centenas de ferramentas agrícolas.
Contudo, por mais compassivo e capaz que fosse Alves Aldeia, ele representava um sistema arcaico minado pela ineficiência e corrupção. Timor-Leste estava cheio de histórias incríveis de casos de corrupção e ganância. Na década de 1960, os portugueses orgulhosamente inauguraram a primeira e única ponte que cruzava o rio Laklo. Pouco depois da sua inauguração, a ponte foi levada pelas cheias. O arquiteto responsável foi demitido. Este encontrou a seguir um emprego na empresa que ganhou o contrato para reconstruir a ponte. Alguns anos depois, a ponte estava em pé – e desmoronou-se novamente!”¹
(Fim de citação).
Um passado nada bonito, como é sabido. Como comentário, posso apenas dizer, em primeiro lugar, que eu não quero ser culpada pelos disparates feitos antes de eu ter nascido. Não tive qualquer possibilidade de intervenção. Em segundo lugar permito-me ser positiva: os portugueses redimiram-se nos tempos atuais. E agora já posso intervir. Dado que estou viva no século XXI, prefiro dizer que hoje temos uma relação bonita – Timor-Leste e Portugal – que hoje somos fraternos e ajudamo-nos mutuamente. Não é só Portugal que ajuda, agora é Timor-Leste que ajuda Portugal também, quando é preciso. Vem-me logo à mente que o Governo de Timor-Leste foi a entidade que mais contribuiu com donativos para as vítimas dos incêndios da zona Centro, em 2017, com mais de 1,2 milhões de euros.²
Deixámos portanto aquele triste passado para trás. Mudámos, corrigimos o que estava errado. Sempre é melhor dizer que estamos bem hoje, do que dizer “como fomos amigos no passado e hoje votados ao desprezo”. O futuro espera-se sempre melhor.
O despertador tocou às 5.40h. Não tenho água outra vez. Muito gostava eu de saber porque desligam a água. Mas não vou acordar o Valério a esta hora, vou esperar um pouco. A partida está marcada para as 7.
Comi os meus cereais de chocolate, trazidos de Portugal para desenrascar em situações destas, com dois pacotes de leite com chocolate. O leite, bem como a água mineral nas garrafas, estão gelados. A bicicleta, encostada à parede dentro do quarto, está toda molhada, encharcada em humidade. Comi sentada na cama, embrulhada nos cobertores. E até dormi bem, com tanta roupa.
Às 6.15h telefonei ao Valério e ouvi o valente susto que ele apanhou, noutro quarto em frente, com o telemóvel a tocar estridentemente. Acho que ecoou pelo Ramelau todo. Não há água! Então o Valério saiu do seu quarto e foi abrir a água lá fora, na rua. Já sabe onde é, então. O pior é que continuo sem água no chuveiro da banheira – só tenho água no chuveiro pequenino da sanita, aquele para lavar o rabo; e no lavatório das mãos. Bom, será então estes que vou usar. Já estou por tudo. Se dessem uma explicação sobre o porquê de desligarem a água, a malta até podia compreender e aderir. Agora assim, pela calada, já não estou a gostar. E deixei uma nota sobre isto no livro de hóspedes que me deram no final para assinar. Li os outros comentários, de outros turistas, de todas as partes do mundo mas sobretudo da Austrália – e de Díli!, já começa a haver turismo interno com alguma quantidade, que bom – e estão todos muito contentes, nenhum fala da água. Ok Rute, escreve, despacha-te e cala-te.
E desta vez, com frio ou não, tenho que me despir para pôr o protetor solar e o repelente de insetos. Geladíssimos.
Fizemos meia hora na pickup até chegarmos aqui (meia hora extremamente atribulada, nem sei o que é mais emocionante: se andar numa montanha russa, ou fazer estas estradas de altas ravinas em Timor). É o ponto de partida para a subida a pé do Ramelau. São 7 e meia da manhã. Há quem venha de noite, para ver lá no topo o sol nascer, mas eu não estive para isso. Quero lá saber do sol a nascer. (Que horror, que insensível, podem dizer). Eu vejo o sol nascer todos os dias – acordo às 5 da manhã todos os dias e só amanhece às seis e meia, quero lá saber do sol a nascer no topo da montanha. Quero é dormir, e quentinha, de preferência. Faço ideia o frio de rachar que deve estar aqui às 4 da manhã, sem ver um palmo adiante do nariz. São cerca de 2h a subir. O Valério contou-me que já subiu o Ramelau cinco vezes, com grupos de turistas, e que saem às 3 da manhã da pousada. E depois dormem quando regressam, às 9. Alguma vez. Não é para mim. (Nunca digas “desta água não beberei”, lá diz o provérbio. Recordo-me que na Amazónia acordei às 5 da manhã para ir ver o nascer do sol, e efetivamente é um deslumbre. Mas sempre eram 5 horas, não 3, e fazia o adorável calor amazónico, não este frio de rachar, além de que fui de barco, suavemente, não a esfalfar-me a subir montanhas a pé na escuridão).
E desta vez tenho um guia local chamado Martinu. O Valério fica na pickup, cá em baixo. O Martinu é muito sério e muito caladinho. Tem 18 aninhos. Ninguém tem 18 anos. Quem é que tem 18 anos? Ninguém. O Martinu é estudante, indicou que tem agora uma semana de férias, e não consegui perceber o ano em que está. O Martinu não fala português, estas informações foram conseguidas através do Valério, a traduzir. E ambos não dizem o ano escolar como eu conheço – 7º ano, 8º ano, 9º ano… dizem 3, 4… Pelo que nunca consegui perceber o ano em que as crianças ou adolescentes estão, já noutras conversas também. Ou então é mesmo problema de português. Vejo no Relatório de Desenvolvimento Humano de Timor-Leste de 2018 que o ensino é idêntico ao português: há 12 anos de estudo antes de entrar para a universidade. Ao fim do 9º ano é feito um teste de literacia e numeracia. Após o 12º ano, quem for para o Politécnico, no final do curso tem a garantia de assistência se desejar lançar o seu próprio negócio. Quem optar por um bacharelato precisa de prestar um serviço comunitário durante 3 meses (isto é curioso, mas é o que vejo no Relatório das Nações Unidas – link abaixo, nas fontes). Finalmente há a licenciatura, mestrado e doutoramento, também com a duração habitual que conhecemos em Portugal.³
Três cavalos fugiram pelo meio das árvores, não consegui fotografá-los.
A camisola de manga comprida já foi. Estou de t-shirt, e mais uma camisola de alças por baixo. O sol já está a aquecer as montanhas. Eu vou a ofegar, o Martinu vai em silêncio absoluto. Até se torna embaraçoso. Porque é que eu preciso de respirar tanto, e transpirar, e ele vai ali fresco que nem uma alface? O único sinal que ele dá é tirar o boné de vez em quando para refrescar a cabeça.
Ainda falta muito, ainda vamos a meio da subida. O Martinu ajuda-me a levar três garrafas de água pequenas, para mim. Ele não quer nada, não leva nada consigo.
¹ Ramos-Horta, José (1987). “Funu: The Unfinished Saga of East Timor”. Capítulo “Colonial Beginnings”, páginas 17 a 22. Segunda Edição (1996), The Red Sea Press, Inc., Nova Jersey. Páginas online consultadas a 19 Novembro de 2018,
<https://books.google.pt/books?id=WsFVXrVEEekC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false>
² “Governo de Timor-Leste foi quem mais contribuiu para o Revita, com 1,2ME” (2017, 9 Outubro). Agência Lusa, Diário de Notícias. Página consultada a 19 Novembro 2018,
<https://www.dn.pt/sociedade/interior/incendios-governo-de-timor-leste-foi-quem-mais-contribuiu-para-o-revita-com-12me-8828360.html>
³ “Timor-Leste National Human Development Report 2018”, Appendix E, “Insights into Timor-Leste’s National Qualifications Framework”, página 127. United Nations Development Programme. Página consultada a 19 Novembro 2018,
<http://www.tl.undp.org/content/dam/timorleste/docs/reports/HDR/2018NHDR/TL-NHDR-2018.web.pdf>