041 – Entremos numa ‘Uma Lulik’

Por esta altura eu passei para a pickup e vou em pé no tabuleiro, atrás.

É absolutamente fenomenal viajar em pé no tabuleiro da pickup. Um autêntico avião. Vou-me baixando quando passamos por ramos baixos. Vou fletindo os joelhos à medida em que a pickup salta na estrada rochosa. Tenho de ir concentrada, se não quero voar do avião para fora. E não aguentarei a estafa durante muito tempo. A fazer bicicleta, e agora em pé aos saltos, a fletir os joelhos durante mais de uma hora… não aguentarei muitas horas nisto, infelizmente, senão faria um mês inteiro de viagem alternando entre a bicicleta e o tabuleiro da pickup. Bom, mas todos os dias, doravante, farei um bocadinho pelo menos.

O Valério parou e eu saí das alturas. Para tirar umas fotos, esticar as pernas (ele, porque eu tenho estado a fazer flexões o tempo todo). Foto aqui… foto ali… e démos com estas pessoas, as quais prontamente me perguntaram se quero a visitar a sua casa. Claro que quero!
Sobre as “Uma Lulik” – as casas sagradas – remeto para a crónica 22.

Ela – a fumadora – trabalha em Díli. Está aqui a passar uns dias de férias, com a família. São 12 horas de viagem de Díli até aqui, e outras 12h de volta. Trabalha nas limpezas de um centro comercial no centro de Díli. A sua filha, de vermelho, a dormir no chão, nem acordou com este bulício todo de conversas e passos.

Crâneo de um macaco.

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