116 – Graciosa, 32º dia – Ordenha das Vacas & Santa Cruz

Hoje é sábado, 1 de agosto de 2020.
Como habitual, deixei o despertador para as 5h20, mas acordei uns minutos antes. O organismo já está habituado a este ritmo.
Às 5h30 ouvi cagarros.
A tomada das pilhas do GPS estava desligada da parede, terei tropeçado nela. Ficou presa na tomada, mas pouco – o suficiente para desligar-se. Está complicado carregar estas pilhas.
E já só tenho água mineral para o dia de hoje, à noite não terei. A garrafa de 5 litros e outra de litro e meio já se foram em dois dias. Tenho de comprar mais.

A minha localização está identificada pela seta azul. Conforme referi anteriormente, estou alojada numa povoação chamada Praia, ou também São Mateus. O meu primeiro destino de hoje é o Farol da Barca. A seguir quero ir a uma pequena povoação chamada Jorge Gomes, que não aparece nesta escala, teria que aumentá-la para aparecer. E depois a Guadalupe. E finalmente regressar à Praia.
Estes são os planos iniciais, vamos ver que voltas adicionais ainda darei. Espera-me um belo dia, certamente.
Às 6h45 arranco.

Aproveitemos esta reta cheia de trânsito para recordar as dimensões e altitudes da ilha Graciosa:
A ilha Graciosa possui 61,66 km² de superfície, com 12,5 km de comprimento, e 8,5 km de largura, sendo a segunda ilha mais pequena em superfície. Caracteriza-se por possuir um relevo bastante plano, com 94,3% de superfície abaixo dos 300 metros de altitude, o que lhe confere a menor altitude dos Açores. A altitude máxima é de 402 metros.¹

Como eu estive ontem nos pontos mais altos, hoje não me esperam subidas dramáticas.

São 7h21. Eu venho lá de baixo! O meu moinho vê-se ali junto ao pontão do farol. E esta subida pôs-me já a transpirar. A camisola de manga comprida já saiu.
Não apanhei na foto, mas um coelho fugiu de mim aqui nesta encosta.

Já perto de Santa Cuz passo por esta vacaria. Ora vamos lá espreitar o que se passa por aqui. É já a primeira paragem. São 7h39.

Eis o Fábio, trabalha aqui.

E entretanto chegou o Lisandro, o patrão. Claro que a minha súbita aparição causou espanto em ambos. (O que está esta aqui a fazer de bicicleta às 7 e meia da manhã?…) mas ambos são simpáticos e passada a surpresa inicial retomaram as suas lides, pois o tempo está a contar.

São 54 vacas mais o macho. O Lisandro divide as vacas com o sogro.

Este é o boi. Teve recentemente uma úlcera na unha e foi tratado por um veterinário. Ainda está magro, a recuperar o peso, explicaram-me.

Despedi-me do Fábio e do Lisandro, e prossigo viagem.

A chegar a Santa Cruz. O sino bate as 8 horas.
A ilha Graciosa tem apenas um concelho – o de Santa Cruz, o qual tem 4 freguesias. Aqui é a sede do concelho: a Vila de Santa Cruz.

Igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa, a qual já fotografei na crónica 109. Mas nunca é demais fotografar outra vez.

Passado e presente lado a lado.


¹ “Localização Geográfica e a Geomorfologia” (s.d.) Placa exposta no Museu da Graciosa, julho 2020.

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