112 – Graciosa – Furna do Enxofre

Toda a visita à furna é acompanhada pelo arrulhar de muitos pombos. Vivem por aqui.

Ali em baixo há água e à direita está um barquinho. Ali os níveis de dióxido de carbono (CO2) são muito altos. Conforme contei na crónica anterior, em poucos minutos posso ficar inconsciente.

A lama está a borbulhar, está quente, deita fumo, e o cheiro a enxofre é muito grande.

A minha máquina fotográfica não está preparada para tirar fotos no escuro. Esta parece-me que foi a melhorzita que consegui: dá para ter uma noção de que ali em baixo há um lago grande! Esta abóbada é enorme. Estou dentro de um gigante poderosíssimo, ainda a borbulhar. Está vivo.

São quase 11h, prossigo o meu caminho, depois desta impressionante visita ao gigante vivo.
Agora vou visitar a Furna da Maria Encantada, e a seguir a Furna do Abel – ambas estão aqui perto.

O meu GPS diz-me que para ir para a Furna devo meter-me por aqui, onde estão os traços vermelho e amarelo.

Mas isto é um emaranhado autêntico. O GPS diz mesmo para meter-me por aqui. Estes traços são outra coisa, são um dos trilhos oficiais. O meu GPS – ou a aplicação Maps.me – nem sempre coincide com os trilhos oficiais. Bom, vou seguir em frente, vou atravessar o túnel novamente e ver os caminhos depois dele.

Tenho que virar aqui à esquerda, disse-me entretanto um dos funcionários da Câmara que anda a aparar as ervas (cruzei-me com eles na crónica 111).

Volta à Caldeira? Também posso experimentar fazer isto.

<< >>