030 – Flores – Chegada às 16h

Cheguei às 11h50 ao aeroporto. Foi uma hora a caminhar. Foram 4 km a pé para Ponta Delgada, e outros 4 de volta. Tenho o voo para a ilha das Flores às 13h40.
Ouvi o iPod no aeroporto pela primeira vez nesta viagem. Isaac Albeniz – “Sevilla” – era o que estava a dar, ainda de Lisboa, e foi o que ficou. Uma lisboeta nos Açores a ouvir guitarra espanhola, é assim o nosso mundo.
Entretanto vi a bicicleta lá fora e levantei-me a correr; nem me lembrei que tinha os fones nos ouvidos, agarrados ao ipod na bolsa de cintura, pousada no banco ao lado. Saíram violentamente dos ouvidos e caíram no chão.

Na fila para entrar no avião, atrás de mim falam espanhol, e à frente inglês. Já há turismo para as Flores e também para o Faial, onde vamos parar primeiro.
O avião partiu 20 minutos atrasado. Vou à janela sem ninguém ao meu lado; estava um senhor que se mudou para outra fila vazia e foi ele próprio à janela também.

Vista aérea de Ponta Delgada.

Ali comi o ananás, no canto inferior esquerdo, entre o mar e os relvados.

Aqui já é a ilha do Pico.

A maior montanha de Portugal! Grande Pico! Ainda vou primeiro às Flores, amiguinho, hei de cá vir visitar-te daqui a uns dias!

Depois de 40 minutos de viagem, paragem na ilha do Faial. Temos de sair do avião e levar toda a bagagem de mão connosco. Eu saí por engano para a saída, atrás de outras pessoas, em vez de para a sala de espera dos voos de ligação, e tive de passar novamente nos raios-x para entrar. Embirraram com a bolsa de mergulho da máquina fotográfica – a sua tampa redonda – tive que tirá-la da mochila e mostrá-la.

Uma rapariga insiste em ter a máscara no pescoço, quer aqui na Horta, quer em Ponta Delgada, em salas cheias de gente. Mais duma hora ao todo. Escreve no portátil e a máscara incomoda-a. Nenhum funcionário a chama à atenção.

Hoje estive em quatro ilhas, portanto: Santa Maria, São Miguel, Faial e em breve Flores. Fui petiscando queijo da ilha fatiado, que trouxe do alojamento de Santa Maria, e o meu chocolate com 86% de cacau, que trouxe de Lisboa. Nenhum voo serve comida por causa da pandemia.

A chegar à ilha das Flores!

A ilha das Flores tem 3.628 habitantes.¹ O gentílico é florentino.

Aterrámos às 16h, com vinte minutos de atraso.

O Francisco aguarda-me, a mim e à bicicleta, conforme combinado previamente através do alojamento. Aparentemente não é um táxi, é uma empresa de atividades turísticas.

Eu estou alojada na Fajã Grande.

Serão 20 km, 29€. Caro relativamente aos restantes táxis, suponho que me cobraram o atraso do avião e a bagagem com bicicleta.

Foi a Márcia quem me tirou esta foto, uma menina muito simpática que atende aqui nos alojamentos turísticos onde eu estou alojada. A Márcia irá aparecer noutra crónica. A minha porta é aquela lá em cima, com a mesa verde à frente.

Mesmo ao lado tenho um minimercado e trato já de abastecer-me. Neste alojamento não tenho pequeno-almoço incluído.

Em casa comi três bananas e Nestum. Não me senti com coragem para ir comer grandes pratadas ao restaurante. Estes dias em aeroportos e aviões maçam-me seriamente.
Não havia iogurtes na mercearia, chegam amanhã.


¹ “População residente, estimativas a 31 de Dezembro 2019”. Pordata, Base de Dados de Portugal Contemporâneo. Página consultada a 22 outubro 2020,
<https://www.pordata.pt/Municipios/Popula%C3%A7%C3%A3o+residente++estimativas+a+31+de+Dezembro-120>

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