047 – No Centro de Viqueque

Hoje vamos a caminho de Same, e a seguir Ramelau. Vai ser outro dia puxado, com 114 km na pickup e outros 54 na bicicleta, totalizando 168 km. Se as estradas fossem boas, 168 km não seria nada. Mas a viagem é feita devagar, com muitos saltos e esforço de suspensões, quer da pickup quer da bicicleta.

A placa indica em tétum “Construção do Posto de Saúde da Aldeia Buhanurac, Suco Uabubo, Posto Administrativo Ossu, Município Viqueque. Assistência do povo japonês ao povo timorense”. Não consigo perceber o ano porque já teve um cartaz colado em cima, mas será 2015 ou 2016.
Sobre a ajuda externa, nomeadamente a do Japão, remeto para a crónica 38, onde é referido que o Japão tem sido o maior contribuinte de ajuda multilateral e bilateral a Timor-Leste desde setembro de 1999.

Todos eles quiseram cumprimentar com um aperto de mão. Foi uma operação que levou algum tempo, mas fiz questão de não deixar mãozinha nenhuma por apertar. Às vezes foram duas mãozinhas de cada vez, entre as minhas duas. Esta foto foi tirada por um dos alunos.

A placa indica “Viqueque Bamboo Group – VBG. Bamboo Preliminary Processing & Nursery Center”. Ou seja, processamento preliminar de bambu e viveiro.

Ansiando por uma estrada lisa, até trepei para o passeio. Isto há-de ser o passeio dos peões.

Quis fotografar o bonito cabelo desta rapariga, parecido ao meu, encaracolado. Elas viraram-se para mim, posando para a foto, mas eu disse-lhes “Go, go!”, para que continuassem a andar e me ignorassem. Assim fizeram. Não sem troçarem um pouco. “Go, go!” – repetiram, enquanto andavam.

O Valério parou neste restaurante para encomendar o nosso almoço. Vamos comer pelo caminho, hoje.

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