16 – Casa da Rua D. Hugo nº 5, Casa Museu Guerra Junqueiro, Postigo do Carvão, Casa nº 59 da Rua da Reboleira

Continuando a história dos autocarros de dois andares. De facto no Sábado voltei à paragem do autocarro. Passei o dia todo no Porto, não saí da cidade. E o motorista voltou a dizer-me que ainda não estavam a fazer o percurso azul.
Voltei à agência. E para grande surpresa minha – agora na presença da diretora desta, assim se apresentou a senhora, sentada noutra secretária ao lado da rapariga que me atendeu anteriormente – informaram-me que esta agência não tem nada a ver com aquele autocarro.
Não tem nada a ver? Então o motorista mandou-me para aqui e na 3ª feira disseram-me que no Sábado a questão estaria resolvida, e hoje já não têm nada a ver com aquela companhia?

Pois parece que a rapariga tinha apenas tentado ajudar. “Mas não torna a ajudar” – informou categoricamente a diretora da agência.
E então, no meio desta surpresa (e mais… esqueci-me de dizer que antes de ir à agência tinha ido ao posto de turismo reclamar, e aqui disseram-me que não era com eles, que era com a empresa STCP – a dos autocarros. Então fui à STCP, onde me disseram que também não tinham “responsabilidade sobre nada”. Ou seja, até o posto de turismo pelos vistos se esqueceu que existiam duas empresas a fazer o percurso turístico, e assumiu que eu estava a utilizar o da Carris – a que está ligada à STCP. Que confusão, meus amigos), como eu ia a dizer: no meio desta surpresa toda – não era o posto de turismo o responsável, não eram os STCP, não era a agência de viagens, então mas quem é que manda nisto?! Agora não desisto.
É que agora não desisto mesmo.
Quem é o presidente da junta, afinal? Ou fazem o percurso azul ou têm-me aqui para sempre! 🙂

Mais um passeiozinho aqui, mais um passeiozito ali, e ia andando de suposto-responsável em suposto-responsável. Até que olhei para o bilhete e vi o nome da empresa, pois claro, em letras minúsculas, mas lá estava. Douro Acima. Só aqui é que descobri o nome da empresa, pela primeiríssima vez.

Segunda fase: descobrir onde são os escritórios da Douro Acima.
Fica na Rua dos Canastreiros, à Ribeira. Óptimo, mais outro bonito local para ir passear, enquanto procuro. (Com calma vai). Ora bem, encontrar a rua. Umas pessoas mandam para a esquerda. O taxista manda para a direita.

O que vale é que eu vou passeando à beira rio, para trás e para a frente. Aproveitei e fotografei a Igreja de Nossa Senhora do Ó. Aproveitei e também fotografei o edifício medieval da Rua da Reboleira. Esta busca dos escritórios tornou-se num pretexto para passear.
E como descobri a rua? Perguntei ao rapaz que estava a vender bilhetes para o Cruzeiro das seis pontes, numa bancada, precisamente da Douro Acima. Diga-me lá onde é que ficam os seus escritórios, pedi-lhe, de mãos nos bolsos e máquina fotográfica a tiracolo. (Este ar pacato é enganador… mas ele não sabe…).
Era ali mesmo em frente ao Pestana, mas caramba, chegar lá é um sarilho – fica no primeiro andar, com entrada nas traseiras, num beco escondido.

É evidente que nos escritórios me devolveram logo os dez euros. Ainda ligaram para o motorista – o rapaz se fosse o pinóquio teria um nariz com cinquenta metros – então não é que tornou a mentir? Afirmou que me tinha informado que não estavam a fazer o percurso azul. Bolas… Eu respondi simplesmente: Com certeza que se me tivesse dito que não tinham motorista para fazer a linha azul, eu não teria ido na vossa empresa. É evidente que se dissesse isso a todos os turistas que tencionam entrar, bem que podiam fechar o negócio durante estes dias, porque iam todos direitinhos para o da concorrência. E fechar era o que deviam fazer, ou então fazer um desconto de 50% no bilhete, já que só está disponível o percurso vermelho.

Com os dez euros na mão, fui mesmo direitinha ao da Carris comprar o bilhete. E fiz o percurso azul.

Fiz o percurso azul.

Bastante completo, aliás. Foi ao Estádio do Dragão, além de ir a Gaia também. E lá passei em frente ao El Corte Inglês, onde não havia nenhuma rua cortada.
Portanto: nunca desistam.

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