76 – Despedida da Patagónia e Regresso a Buenos Aires

A despedida dos guias – ou melhor, do guia e do motorista – fez-se por esta altura. Três semanas juntos, de manhã à noite, é obra. Estabelecem-se amizades, é inevitável, sobretudo com duas pessoas excecionais como eram o Flávio e o Walter. Numa fotos abaixo, já a Leonor, atrás de nós, chorava. Não faz parte do meu feitio deixar-me levar por estas despedidas dadas à pieguice, mas lá que foi complicado, foi. Se parti para um continente distante sozinha, sozinha foi coisa que não estive, nesta viagem. De facto fui tão ou mais mimada por ambos do que em todas as viagens que fiz acompanhada. Foram amigos de aventura e de borgas.

A chegada a Buenos Aires fez-se marcar por um calor terrivelmente abafante, mais de 30 graus. Nós vínhamos do frio, com roupas quentes, e atravessar aquela porta do avião fez-nos soltar exclamações de surpresa. Chegar e não chegar ao hotel tornou-se custoso, cheios de calor, carregados com bagagens e todos os sacos de compras que tínhamos feito até então.

Foi tomar banho, mudar de roupa, e fomos conhecer “La Reina de las Empanadas”, ao que parece frequentada pela classe política e outras gentes conhecidas de Buenos Aires, onde nos empanturrámos de deliciosas e variadas empanadas.

Os dois dias seguintes iriam ser puxados – passear intensamente em Buenos Aires, antes de regressarmos aos respetivos países.

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