49 – Alojamento IV – El Viejo Covadonga

E agora uma palavra muito especial para este hotel. Ficou na história da viagem, muito mais do que os outros bonitinhos que passaram.
Recordam-se que para chegar ao Bosque Petrificado foi necessário fazer um desvio muito grande na nossa rota descendente, um desvio de várias centenas de quilómetros. Pois no meio do nada, já é uma sorte encontrar um hotel.
Existiam dois hotéis na zona, e este era o melhor. Acreditem que até o Presidente da Argentina, quando aqui esteve, pernoitou nele. Claro que deve ter sido um acontecimento que ficará para sempre na história do Viejo Covadonga, habituado a receber só gente estrangeira (e doida).

Depois não sei se eles pensaram que eu iria ter uma multidão no meu quarto, o que é certo é que camas não me faltaram. Até custei a decidir com qual ficar… Ainda por cima separaram-me do resto do grupo, tinha de sair do edifício para chegar ao meu quarto, e era muito escuro para lá chegar. Bom, não há de ser nada.

A casa de banho… Nada mais me restou senão rir à gargalhada com a saga que foi para tomar um duche. Uma autêntica saga. O chuveiro era uma mangueira que se prendia na torneira, quase no teto. Mas a mangueira com a pressão da água caía, e era água por todos os lados.

Porém, como diz o provérbio: se não os vences, junta-te a eles. Pois aproveitei e deixei o jato de água fazer-me massagens nos ombros, qual Spa dos melhores hotéis citadinos. Ficou tudo alagado, tudo molhado, e eu receei até que a lâmpada que havia no armário, a que iluminava a divisão, se molhasse também e houvesse algum choque elétrico.
Lá tive de andar de esfregona na mão, e era se queria entrar na casa-de-banho depois.
Enfim, eu tomei banho e a casa-de-banho também. Para o caso de estar suja (que não estava) teria tudo ficado lavadinho.

Nas nossas brincadeiras, durante o resto da viagem, o Viejo Covadonga era sempre evocado, coitado, como castigo para quem se portasse mal.
O que é certo é que dormimos todos muito bem.

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