194 – Parto no Barco-Casa

Talvez nenhuma outra fé glorifique a ideia de amor entre os sexos como o hinduísmo. Isto torna-se evidente pela espantosa profusão de míticas histórias de amor na literatura sânscrita. Krishna possui beleza, inteligência, força, fama e riqueza. Não precisa de nada, já que possui tudo em si. Mas o mesmo Krishna que não se sente atraído por qualquer opulência material, acha Srimati Radharani irresistível. Conta a lenda que, certa vez, brincando com as gopis, as vaqueirinhas de Vrindavan, Krishna escondeu-se sob um arbusto, mas elas avistaram-no à distância. Em seguida, Krishna transformou-se na sua forma de Narayana de quatro braços. Quando as gopis se aproximaram e viram Narayana em vez de Krishna, elas não se interessaram por ele; apenas a forma original de Krishna com dois braços atraía as gopis. Assim, elas prestaram as suas reverências respeitosas ao Senhor Narayana e rogaram que ele lhes desse a graça da associação eterna com Krishna. Em seguida, partiram em busca de Krishna. Entretanto, quando Srimati Radharani passou por ali, Krishna tentou manter o seu disfarce como Narayana, mas não conseguiu; ele voltou à sua forma original de dois braços. Isto ilustra a grande influência do amor transcendental puro de Srimati Radharani.
O intercâmbio de amor entre Radha e Krishna é a essência do amor espiritual. Como Krishna é a origem de tudo, ele também é a origem do amor. Krishna, o Senhor Supremo, por ser a fonte de tudo, é totalmente independente. Ele é independente na sua existência, no seu conhecimento e também no seu prazer. Por esta razão, Krishna não precisa de coisa alguma ou de alguém. De certa forma, como ele é tudo, ninguém existe fora dele. Consequentemente, quando Krishna deseja ter prazer, ele expande a sua potência ou energia interna que lhe traz satisfação. Esta potência é uma pessoa. O seu nome é Srimati Radharani.
Quem presta serviço devocional a Krishna deve seguir os passos de Srimati Radharani realizando serviço devocional puro, sem qualquer interesse por lucro físico ou material. No entanto, não se deve cultivar devoção apenas a Krishna. Assim como o sol não está completo sem o brilho solar, Krishna não está completo sem Radha. Por esta razão, deve-se adorar Radha e Krishna, porque juntos eles formam a verdade absoluta completa.
Poucas pessoas compreendem esta relação e a mensagem que contém. Ao longo dos séculos os escritos vão relatando diferentes versões, com diferentes nuances, e atualmente existem versões apimentadas, como Radha sendo casada, ou outras que contam que Krishna e Radha se encontram no final e celebram a cerimónia do “Gandharva”, um casamento perante quinhentos e sessenta milhões de pessoas, bem como perante todos os deuses e deusas do céu. Outros argumentos dizem que não, que nunca se celebrou nenhum casamento entre ambos, que era apenas um “Gandharva Vivah”, ou seja, um casamento por amor, de género inferior, feito contra a vontade das famílias, inválido, e cuja única testemunha é deus. Apesar de no período védico, no entanto, este casamento ser aceite, e portanto na altura em que a vida de Krishna foi escrita, no período védico, poder fazer parte da sua história.

Foi só pousar as malas e partimos. Primeira etapa: a apresentação da tripulação à sua única hóspede. Temos o cozinheiro Vince Joss num espaço tão exíguo que para eu conseguir tirar-lhe uma foto de corpo inteiro, nos seus domínios, teria de sair borda fora. Temos então o cozinheiro Vince Joss e a sua cozinha divididos em dois.

Ao leme temos o encarregado do motor, Varghes. E finalmente o capitão, que vai aparecer em grande plano mais à frente, e que se chama Sanal.


Fontes
As três crónicas sobre Krishna e Radha foram escritas com dados retirados de:

Das, Subhamoy (s.d.), “   The Radha-Krishna Romance”. Página consultada em 28 de Fevereiro de 2010, <http://hinduism.about.com/od/scripturesepics/a/lovelegends_4.htm>.

Wikipédia, (s.d), “Krishna”. Página consultada em 28 de Fevereiro de 2010, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Krishna>.

Wikipédia, (s.d), “Bhagavad Gita”. Página consultada em 28 de Fevereiro de 2010, <http://en.wikipedia.org/wiki/Bhagavad_Gita>.

Guin, Madhuri (s.d.), “Radha Krishna : A Divine love.  Página consultada em 28 de Fevereiro de 2010, <http://www.dollsofindia.com/radhakrishna.htm>.

Minuto Poético (s.d.), “Krishna”. Página consultada em 7 de Março de 2010, <http://www.minuto.poetico.nom.br/hinduismo07_01.php>.

Swami, Jayadvaita (s.d.), “Quem É a Mocinha Que Está Com Krishna?”. Página consultada em 7 de Março de 2010, <http://pt.krishna.com/main.php?id=112>.

Bhakthan, Achala (s.d.) “Radha Madhava Kalyanam”. Página consultada em 7 de Março de 2010, <http://www.sriradhakalyanam.org/radhamadhavakalyanam.htm>.

Ask Questions & Get Answers at Ibibo Sawaal (2009), “What is the meaning of Gandharva Vivah?”, 15 de Fevereiro. Página consultada em 7 de Março de 2010, <http://sawaal.ibibo.com/search/gandharva-vivah>.

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