184 – Bamboo Rafting & o Milagre do Leite
No dia 21 de Setembro de 1995, uma quinta-feira, deu-se um suposto milagre. As estátuas do deus Ganesh beberam leite.
Falamos do Milagre do Leite, ocorrido nesse dia – e apenas nesse dia. Tudo começou quando um homem em Nova Delhi, uma pessoa vulgar, sonhou que o deus Ganesh desejava um pouco de leite. Quando acordou dirigiu-se apressadamente ao templo mais próximo, ainda não tinha amanhecido, tendo o sacerdote ceticamente deixado que ele lhe oferecesse uma colher de leite. Ambos observaram atónitos o leite a desaparecer, consumido pelo deus.
O acontecimento espalhou-se como pólvora por toda a Índia. E não só. Na Índia dezenas de milhões de pessoas esgotaram o leite nas lojas e dirigiram-se aos templos, criando engarrafamentos e filas de espera que atingiram vários quilómetros, à porta dos templos. No resto do mundo os jornalistas reportavam estupefactos fenómeno idêntico: Nova Iorque, Canadá, Ilhas Maurício, Quénia, Austrália, Bangladesh, Malásia, Reino Unido, Dinamarca, Sri Lanka, Nepal, Hong Kong, Trinidad e Tobago, Granada e Itália entre outros. Estações de televisão como a BBC e a CNN, a rádio e jornais como o Washington Post, New York Times, The Guardian e o Daily Express cobriram a notícia por todo o mundo, tendo os jornalistas mais céticos testado eles próprios, estendendo uma colher de leite às estátuas, e vendo-o desaparecer.
E tal como começou subitamente na Índia, parou 24 horas depois.
O que se passou? Histeria coletiva? Mundial?
Os cientistas azafamaram-se numa explicação racional e científica, afirmando tratar-se de um fenómeno chamado de “ação capilar” (movimento de líquidos em pequenos tubos ou meios porosos). A questão que passou a colocar-se, então, foi porque é que o fenómeno de ação capilar ocorreu apenas num dia, e porque não ocorre todos os dias.
O milagre voltou a repetir-se nos dias 20 e 21 de Agosto de 2006, nos mesmos moldes.
Existem uma série de notícias, e também vídeos no You Tube, fica um deles: link.
Estão a fritar “poori”, feito de farinha de trigo, água e sal. É um alimento que deve ser consumido no momento, após cozinhado, e por vezes serve-se enrolado em arroz, feijão, lentilhas, ou alimentos demasiado pequenos para comer com as mãos. Conforme referido na crónica anterior, trata-se de um acampamento selvagem de um pequeno grupo de turistas que aqui pernoitou.