138 – Regresso a Delhi – Adeus Rajastão!

Acabou-se a viagem pelo estado do Rajastão. Cheguei à noite a Delhi, onde fui recebida pelo representante da agência de viagens, um rapaz chamado Ankur, o qual me desenhou todo o programa, e trocou três mil emails comigo, bem como uma série de telefonemas, de forma a planearmos a viagem a meu gosto. De uma simpatia e de uma competência extremas. Perfeitamente excecional, este rapaz, e não me cansei de dizer-lho, mesmo depois de chegar a Portugal. Nasceu para isto. (E experiências más nas consultas a agências de viagens é coisa que não me falta, como contei na crónica 74).

“Horn Please”, ou seja, “buzine, por favor”. Já me é familiar. Não se esqueçam que à medida em que se viaja estrada fora, a sinfonia das buzinas não pára.

Ankur

A agência de viagens ofereceu-me um opulento jantar no elegante restaurante Lazeez Affaire, antes de partir para o sul. Que azar, ainda estava sob medicação, tive a crise exatamente no dia anterior, não podia comer nada. Ou melhor, até podia, mas depois sofreria as consequências. Fiquei-me pelo pão com manteiga. Ou melhor dizendo, chapati com manteiga. Um autêntico crime, desperdiçar toda esta maravilhosa comida, mas pronto. (E acreditem que arrisquei no dia seguinte – saí da casca – e o resultado foi muito aborrecido).

De regresso ao espantoso hotel “The Imperial”, construído em 1931 por Ranjit Singh, ao estilo colonial contemporâneo.
Este é o livro dos “Preferred Hotels & Resorts” – www.preferredhotels.com – uma instituição com 40 anos de existência que seleciona os melhores hotéis do mundo. Naturalmente que o Imperial faz parte dele. Dizia o livro:
“‘Preferred Hotels & Resorts´ foi fundado no princípio de que os autênticos hotéis com imediações luxuosas e serviço impecável têm um grande valor a oferecer aos viajantes. Estes hotéis são destinos em si mesmos.”

Alguns dos prémios que o Imperial ganhou. Basta visitar o seu website para ver todas as distinções que foi recebendo ao longo dos anos: https://theimperialindia.com/

Uma pessoa não se cansa de tirar fotos a este hotel. Agora até aos elevadores tirei. Na crónica 7 já constam algumas fotos do Imperial, não vou repeti-las.
Aquele odor floral tornou-se-me familiar. E o empregado que estava na receção era o mesmo que me recebeu no primeiro dia de viagem. Rimo-nos ao constatar isto. Estou de volta, disse-lhe eu, depois de perceber que ele me reconheceu.
Agora caminho decididamente pelos seus belíssimos corredores. Já vi muitas coisas na Índia, já me adaptei ao horário, já estou integrada.
Foi com prazer que ocupei o quarto, que senti o seu familiar odor. Ainda bem que passei os dois primeiros dias da minha crise gástrica, ou o que quer que fosse, em hotéis de cinco estrelas. A balança da sala de banho revelou que estou agora com 48,8 kg. Perdi 1 kg desde que cheguei à Índia. E a comer pão com manteiga não vou longe.

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