118 – Novamente num Filme do Indiana Jones – Morcegos

Repare-se na grossura desta parede. Era o quarto da primeira mulher (das doze oficiais). Mantinha a temperatura no verão e no inverno. Tinha também um jacuzzi.

Aqui são as catacumbas do forte, onde detetei imediatamente o já familiar odor de morcegos. Morcegos… Que fascínio tenho por estas criaturas. Onde estão eles? Eu sei que estão por aqui. Acelerei o passo. Curiosamente o guia não quis ir, deixou-se ficar para trás. Então sempre é verdade, existem morcegos, e tem medo deles, este…
Foi com impaciência que me embrenhei nos corredores escuros das catacumbas, perscrutando as paredes e os tetos. Onde estão eles, onde estão os meus amigos?…

Ei-los.
Tantos… são tantos… centenas em várias divisões… colados às paredes… Passei de umas para as outras, absorvendo-lhes o cheiro, respirando fundo. Alguns estavam pouco acima do nível da minha cabeça, se eu estendesse a mão tocar-lhes-ia. Quase ninguém vem para aqui, claro, sortudos. São os reis das profundezas do forte. Devo ter uma qualquer veia de morcego, este odor prende-me, estes bichos enfeitiçam-me. Gostava que levantassem voo, que voassem a toda a velocidade pelos túneis, que gritassem. Voem, criaturas noturnas.

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