053 – A Vida Doce e Tranquila do Forte de Narlai
É uma vida muito dura, esta.
Esta sim, é a grande verdade da nossa vida. Que é uma vida muito dura.
E apercebo-me disto ao viver momentos assim, como este, em Narlai Rawla, o forte transformado em hotel onde pernoitei.
Recordemos que eu era a única hóspede. Que maravilha, que sossego, que paraíso. O meu palácio e os meus empregados.
Resta-me rir, pois. Durou pouco.
Para já comecei com um mergulho na piscina (toda só para mim, claro) que começou às 19 e terminou às 20h. Chapinhei que nem uma rã dentro de água quente. Como se não bastasse, ainda fui meter-me na piscina pequena das crianças, onde ainda mais quente estava, a água. Um autêntico caldo, mesmo ao meu gosto. Há muito tempo que não encontrava uma piscina assim, tão quente. Numa noite com quase 40 graus. Fez-se noite cerrada e os morcegos competiam comigo, a tocar e a sobrevoar a água. Espero que me vejam e não venham contra mim, amiguinhos… está aqui uma rã, tenham atenção…
Quando finalmente arranjei coragem para sair, depois de ter percorrido a piscina cem vezes para trás e para a frente, a nadar, veio um empregado perguntar-me se eu desejava jantar, estava eu em pé embrulhada na toalha (devia estar frio…) Vou tomar um duche e descerei dentro de meia hora, respondi, agradecendo.
No terraço serviram-me frango, cabra, queijo, lentilhas, salada de legumes, arroz, batatas e pão indiano – o chapati. Sopa de tomate como entrada, e gelado de chocolate como sobremesa.
Deitei-me depois no jardim do forte, na espreguiçadeira que se vê na 4ª foto abaixo, a selecionar as fotos do dia. Este é um trabalho diário: tirar quinhentas fotos diárias, mas ao final do dia apagar quatrocentas e cinquenta. Para quem me pergunta: a máquina é uma Canon Rebel (a minha habitual, das anteriores viagens) e a memória é de 8 GB. Tirei 1.500 fotos durante este mês.
E naturalmente que tinha posto uma dose extra de spray anti-mosquito, algo essencial para o bem-estar.
E que bem estar maravilhoso se tinha aqui, em Narlai Rawla.