027 – Mas que Grande Macacada
Muitos animais a correrem velozmente pelo telhado do quarto – pelo menos pressupus que fossem animais, não estou a ver gente a correr seja a que horas forem pelos telhados, muito menos às cinco da manhã, noite cerrada.
Apanhei um susto dos diabos e dei um salto na cama. Vem tudo abaixo, querem ver?!…
Vesti-me a correr, ensonada, agarrei na máquina fotográfica e saí do quarto para ver o que se passava, se havia algum fogo e os animais estavam em debandada. Estou na segunda noite no Shikarbadi, ontem isto não sucedeu.
Ena são os macacos outra vez… Tanta macacada a correr e a derrubar tudo o que encontra pela frente… Na primeira foto abaixo vê-se o corredor que atravessei à saída do quarto; passei entre eles, muitos fugiram à minha passagem. Eram às dezenas. Na foto ficaram apenas aqueles cinco mais foitos. Deixa ver se não se atiram para cima de mim, se não resolvem fazer-me alguma traquinice…
As cadeiras derrubadas, no meio da correria. Imaginem o silêncio das cinco da manhã, com cadeiras de metal a espalharem-se violentamente pelo chão.
Estava tudo às escuras, pouco consegui apanhar com o fraco flash da minha máquina. Mas ainda se conseguem ver alguns macacos no telhado do restaurante.
Passado o susto inicial, foi giríssima, esta experiência. Sem ninguém. O pequeno grupo de franceses que lá estava a pernoitar, talvez uns seis ou sete, não apareceram, apenas os vi ao pequeno-almoço, perto das sete, já com sol. Os empregados do hotel surgiram apenas quando começou a ficar dia. Pelo que andei muito entretida pelo palácio de caça, às escuras, eu e a macacada. E os flashes.