005 – Túmulo de Humayun, 1565 – 72 d.C.

Túmulo de Humayun

Babur governou até 1530, e foi sucedido pelo seu filho Humayun, que assumiu o poder em condições difíceis. Existiam muitos inimigos disfarçados, os seus próprios primos tinham pretendido o trono e os seus irmãos também ambicionavam o poder.  Por outro lado, o império deixado por Babur ainda não estava consolidado. Os afegãos, sob a liderança de Sher Khan, tentavam retomar o poder perdido. Humayun conseguiu manter o equilíbrio do reino durante uma década de grande instabilidade, até que, em 1540, foi derrotado por  Sher Khan Sur.
Hamida Banu Begum, a viúva, mandou construir este mausoléu. Precursor do Taj Mahal, assenta numa plataforma de 12.000m² e atinge uma altura de 47m. Exemplo da influência pérsia na arquitetura indiana, o túmulo encerra cem sepulturas, ganhando por isso o nome de “Dormitório dos Mogóis”. Foi um dos primeiros edifícios onde foi usado arenito vermelho e mármore branco em tão grandes quantidades.

Água. Foi algo muito importante nesta viagem. Água. Começou aqui a terceira saga desta viagem, a da água. A primeira foi a da comida indiana, a segunda a do jetlag, a terceira a da água.
Bebi imenso. Bebia três ou quatro garrafas (das grandes, de litro e meio) por dia. Esta viagem foi feita em maio, um dos meses mais quentes na Índia, com temperaturas na ordem dos 40 / 44 graus. Esperei propositadamente por esta época – procuro temperaturas altas, estou cansada do frio. Apanhei frio na Patagónia, apanhei frio na Austrália, quero calor agora. Finalmente não estou dependente de viagens de grupos, de programas pré-definidos na altura das temperaturas amenas. Não quero temperaturas amenas, quero calor, quero muito calor. Sinto-me bem assim e tenho frio com 25 graus. Não quero 25 graus, livrem-me dos moderados 25 graus.
E aqui não estou bem preparada, ainda estou com o vestuário do primeiro dia, é quente…

Por esta altura já repararam que o nevoeiro é constante. Logo à chegada eu perguntei ao motorista que foi buscar-me se aquele nevoeiro era normal. Com temperaturas tão quentes… pelo menos a fumo não cheirava. Não cheirava a queimado, de facto. Há de ser nevoeiro.
Qual quê. É o célebre “smog” a cobrir toda a cidade. À noite é pior. Delhi é uma das cidades mais poluídas do mundo, sendo que os carros são responsáveis por 70% das emissões poluidoras. Foi sorte o meu voo ter aterrado sem problemas, porque vim a descobrir que o aeroporto por vezes vê-se obrigado a atrasar voos pela falta de visibilidade.
Passo dois dias em Delhi e vou-me embora, pronto.

Os esquilos irão acompanhar-me durante toda a viagem. Imensos esquilos por todo o lado.

<< >>