128 – E Assim Termina o Último Dia em Pequim

Hoje é o 24º dia da viagem. Os meus passos, titubeantes no primeiro dia em Yunnan, a sondar caminhos, converteram-se entretanto em passos seguros. Firmes e confiantes. Estas ruas passaram a ser minhas. Este mundo passou a fazer parte de mim. É com tristeza que chego ao último dia desta magnífica viagem, tão plena, tão cheia de descobertas, de divertimentos e de aventuras.

O famoso “Pato à Pequim”.

Jantei noodles com carne de vaca. Foi aqui o único local, nestes 25 dias, onde encontrei noodles com carne de vaca. Normalmente é sempre com frango ou porco.

De regresso ao hotel. São seis e meia da tarde. Foi um dia muito intenso, com a ida falhada ao Mausoléu, depois ao Zoo, ao Cemitério, à Madame Tussauds – jantar – e às seis e meia estou no quarto do hotel, onde tenho de ir preparar as bagagens. O voo de regresso é amanhã de manhã, às 10.30h.

A dona do hotel, muito simpática e simples, que notoriamente tem uma paixão por gatos. Eles são os reis da casa. O Buda que se cuide.

Uma loja ao lado do hotel. Saí para ir à mercearia comprar um pacote de leite com pedaços de morango, para o pequeno almoço do dia seguinte. Mas estão a reparar no tipo de loja que é? É uma sex-shop.

Os meus apontamentos durante a viagem. Supostamente o livrinho que comprei no site dos “Animais de Rua”, para ajudá-los, iria chegar. Comprei meia dúzia deles e distribuí pelos amigos, ficando eu com este. Pois não chegou. Tive de usar a parte de trás do programa da viagem, em folhas A4. Vou sempre tirando apontamentos, durante as viagens. É impossível lembrar-me de tudo, ao regressar a Portugal e finalmente escrever estas crónicas. Durante a viagem não tenho tempo, não tenho mãos a medir, os dias são muito intensos, e quero estar na rua, a passear, a conhecer as coisas, não há tempo para escritas.

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