107 – A Casa-Museu de Xi Zhou

À entrada do Museu existem duas placas com a introdução do que vamos ver. Uma em chinês, outra em inglês, felizmente. Dentro do Museu existem também muitas outras placas, sempre com a explicação da cada divisão e respetivo conteúdo.
Como poderão verificar nas fotos abaixo, as placas em inglês contêm erros gramaticais com alguma abundância. Foi uma constante ao longo desta viagem: as raras placas existentes, em inglês, têm muitos erros, revelando a nítida dificuldade em abordar esta língua. Atualmente há mais incentivo no estudo do inglês, nomeadamente nas escolas, ainda em criança – e vi inclusivamente um vídeo de uma turma dos seus 9 ou 10 anos, onde estão a ser dadas aulas, e onde um rapaz faz a apresentação de uma pequena história em inglês – um vídeo que me foi mostrado precisamente por uma professora de inglês, a qual virei a conhecer mais à frente.
Porém, com erros ou sem erros, agradeço o esforço em colocarem-me placas em inglês, para eu poder ir percebendo o que vou vendo.
Eis a introdução:

Os Grupos de negócios de Xi Zhou e a Antiga Rota do Chá e dos Cavalos
As Rotas do Chá e dos Cavalos eram as antigas rotas comerciais ao longo do sudoeste da China, nas quais os cavalos eram o principal meio de transporte. Começaram na Dinastia Tang, e tornaram-se populares na Ming e Chiang, prosperando posteriormente durante a Segunda Guerra Mundial. Este sistema de rotas cobria sobretudo três principais caminhos. Eles eram: Sichuan / Tibete; Yunnan / Tibete; Ching-Hai / Tibete e ligavam-se a muitos caminhos paralelos. Dia após dia, e ano após ano, estes diligentes e árduos comerciantes que viajavam em cavalos, transportavam chá desde Si-Moo e Pu’Er, bem como ouro chinês, prata e seda para o Tibete e também para a Índia, e traziam de volta muitas pedras preciosas para a China. Este antigo sistema de transporte fez florescer as atividades comerciais promovendo o crescimento económico das áreas ao redor, incluindo a agricultura e a criação de gado. Ao mesmo tempo promoveu o bom relacionamento mútuo e compreensão entre diferentes culturas e raças.
Dali e Xiaguan constituíam o ponto principal de encontro desses vários caminhos.
Xi Zhou foi o principal centro comercial e cultural desde a dinastia Nan-Zhao. Yong-Chang-Xiang e Xi-Cing-Xiang eram os líderes em 386 unidades de negócios naquela altura. Em 1903 Yan e Zi-Zhan formaram a primeira companhia moderna “Yong-Chang-Xiang”. Começando em 1912, as suas sucursais chegaram a Wa-Chou, em Burma, Hong Kong e Xangai, incluíam 70 sucursais e contratavam 3.000 trabalhadores. Em 1945 o seu negócio chegou a Boston, nos EUA, e estabeleceram uma fábrica de chá em Xia Guan no valor de dez biliões.
À medida em que os homens de negócio acumulavam tamanha fortuna, ao mesmo tempo foram sendo construídos muitos edifícios comerciais e habitações. Esta casa – “Yan-Ja-Da-Yuan” – aqui presente em boas condições , enquadra-se no estilo tradicional Bai. Muitos destes edifícios são tesouros locais e culturais. São uma das poucas fontes para estudar a civilização Bai, a sua arquitetura, história, arte e economia.
Hoje já não existem carregadores de chá montados em cavalos, viajando ao longo dos estreitos caminhos nas montanhas, mas a coleção deste museu transporta-nos para as memórias desses tempos antigos.

Uma cama. Na foto abaixo vê-se o interior.

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