106 – Almoço em Xi Zhou
Tive de mostrar o sms a duas ou três pessoas até finalmente chegar a Xi Zhou. Não fica junto ao lago, tive de voltar à estrada principal (a de duas faixas). Nesta foto já estou a afastar-me do lago em direção a essa estrada principal.
Quando cheguei à estrada principal, passei o telemóvel a uma rapariga que estava à espera do autocarro. Ela foi muito simpática, achou graça à situação, falou com a guia e informou-a sobre onde eu estou (não faço ideia onde estou… está tudo em chinês). Pelos vistos estou muito perto de Xi Zhou, a um quilómetro, basta seguir em frente. Segui e efetivamente encontrei a placa indicando “Xi Zhou a 500 metros”. Xi Zhou no alfabeto ocidental!
No meio deste emaranhado de ruas e de gente, agora tenho de descobrir onde é o restaurante. Passei novamente o telemóvel a esta vendedora de chapéus. Ela falou com a guia e ajudou-me prontamente. Como me diverte esta situação. Adoro estar perdida.
Et voilà, aqui estão eles à minha espera no restaurante. Encontrei-os. O Nong Bu, sempre a apoiar-me, riu-se e felicitou-me entusiasticamente com um ok do polegar.
O único ocidental que vi em Dali. Nunca imaginei pôr-me a fotografar ruivos barbudos na China, mas a situação é tão insólita que lhe tirei uma fotografia. Arrependi-me de não ter ido falar com ele, cumprimentá-lo, perguntar-lhe como é que se entende nestas ruas sozinho, se fala chinês. Vou voltar a encontrá-lo uma segunda vez, daqui a duas ou três horas, noutro local. Andamos a fazer o mesmo percurso, eu com o meu sistema de mostrar os sms às pessoas, com o nome das terras escrito; ele não faço ideia.
Tudo muito saboroso, como é hábito. A omelete estava uma delícia. À esquerda, o vegetal branco é a raiz de lótus. Tal como referido na crónica 95, a raiz de lótus tanto cresce na terra, como na lama. É uma boa fonte de vitamina C, vitaminas do complexo B, e minerais como cálcio, potássio, ferro – entre outros – e é usada em todo o sudeste da Ásia tanto como alimento, como medicamento.