087 – Hotel e Jantar
O quarto tem wifi, mas nem é identificado no meu telemóvel. Uso portanto a internet do meu cartão chinês. Nem sei que plafond tenho, todos os dias recebo um sms em chinês com uns números no meio de caracteres chineses que não faço ideia o que significam. Se fossem sempre a reduzir-se, era o plafond a reduzir-se, mas não, aquilo não faz sentido nenhum. Perguntei à guia, mostrei-lhe um dos sms, mas ela apenas disse “Ainda tem muita internet!…” – e arrumou a conversa. É assim, nunca conseguimos conversar muito, foi uma coisa digna de um estudo de psicologia.
O quarto também tem os habituais preservativos, desta vez uma embalagem azul com um coração branco.
E eu já estou perita a fazer e desfazer a mala, vai tudo pela mesma ordem. Só passo uma noite aqui, amanhã de manhã tem de estar tudo arrumado para partirmos novamente.
A bicicleta elétrica ficou arrumada dentro do hotel, neste pátio. Mas vai chover torrencialmente toda a noite (para não variar) e a guia não vai querer mudar a bateria da bicicleta nestas circunstâncias. Indica que não pode, que a estraga. Pelo que no dia seguinte vou prosseguir viagem na minha bicicleta normal.
O restaurante onde vamos jantar.
Noodles especiais da casa (têm outro tipo de massa). Não têm vaca, só porco, o qual já está temperado no frigorífico, cheio de picante. No entanto pedi para cortarem bocados da carne antes de ser temperada e assim fizeram. O melhor foram os oito pedaços de malaguetas que vinham dentro da tigela. Ao menos que fosse um pedaço. Oito. Tirei-os um a um, e depositei-os ao lado da tigela, em cima da mesa.
O Nong Bu ofereceu-me uma das asas de frango que ele pediu. Muito picantes. Deram-nos luvas de plástico, só com indicador e polegar, para agarrarmos na comida. Guardanapos, nada.
Estes potes contêm aguardente com um alto nível de álcool.
Pastéis de nata numa terra remota da China, quem diria. Mas não os provei, optei por um donut.