31 – 14º dia, Catedral de Alexandre Nevsky & outros passeios

Hoje é o meu último dia na Bulgária. Tenho um voo às 19h30 para Lisboa. Ainda permite uns bons passeios, durante o dia de hoje.

Está visto que vou voltar com comida para Portugal. As embalagens verdes contêm passas e nozes. O schnitzel de porco ali está. Vai comigo passear por Sófia. Comê-lo-ei ao almoço, se ainda estiver bom, sem frigorífico.

Palácio da Justiça.

Está tudo deserto porque ainda é muito cedo, é domingo e são 9 da manhã.

Palácio Nacional da Cultura, que está fechado permanentemente. O Voin disse-me que estava a fazer um trabalho, de crítica, sobre este palácio, precisamente por estar inutilizado.

Teatro Nacional Ivan Vazov.

Nesta foto vê-se a igreja ortodoxa russa, que acabei por não visitar; e a estátua de um antigo primeiro-ministro, Stefan Stambolov (1854 – 1895) que foi brutalmente assassinado aos 41 anos de idade pelos seus opositores. Sabendo que ele usava habitualmente um colete blindado, os assassinos esfaquearam então a sua cabeça, e por isso a estátua tem aqueles cortes. Stambolov lutou até ao fim pela preservação da independência búlgara. Hoje também consta na nota de 20 leva.

Catedral de Alexandre Nevsky – tem o nome de um príncipe russo, posteriormente canonizado como santo pela igreja ortodoxa russa. Esta catedral foi erigida em homenagem aos soldados russos que ajudaram a libertar a Bulgária do império otomano, no século XIX. Esta minha foto não lhe faz jus, sobretudo porque tinha o sol de frente. Adicionalmente, só mais tarde vim a saber que ela deve ser fotografada também de lado, ou nas traseiras. À falta de melhor deixo uma foto da Wikipédia:

Foto de Deensel, Wikipédia.

Estava a decorrer uma missa e eu assisti durante alguns minutos. Aqui assiste-se em pé, à missa. Considero isto crítico. Nem todos têm 20 anos de idade. As pessoas idosas podem não aguentar muito tempo em pé. A minha mãe não aguentaria, por exemplo. Ou eu mesma, com a minha inflamação no tendão do pé, no calcanhar. A andar é melhor do que estar parada. Pus-me em bicos de pés. Ainda ponderei em sentar-me no chão. Esta igreja é severa demais para com os seus súbditos, permitam-me dizê-lo, caros ortodoxos russos. Já basta as chatices todas que temos na vida, ainda termos de estar em pé, rígidos, a assistir a missas.
As religiões matam-me.
Os amigos russos deviam relaxar, sentar-se, respirar fundo, acalmar os seus ímpetos. Mas não.

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