Dia 19 – Dia inteiro de estúdio & a cerveja de Gyumri

Hoje é 6ª feira, 19 de julho de 2024.
Dormi sete horas entre as 23 e as 6 da manhã. Acordei com o alarme.

São 6h25.

Será que os pássaros gostam de cascas de figo?

Todas as manhãs há grande agitação entre os gordos cães de Mush 2. Andam muito agitados de um lado para o outro.

Afinal os arménios não são assim tão limpos. Deitam lixo para o chão e temos que agradecer a estas duas almas o facto das ruas estarem tão limpas. Apanham tudo o que encontram, não deixam escapar nada.

Estou a planear um passeio de um dia ao lago Sevan e ao Parque Nacional Dilijan. Na próxima segunda-feira fará sol, tracei o trajeto e questionei o taxista Rubo às 9 da manhã se quer fazer este serviço. Partir às 6h30 e regressar às 20. O Rubo respondeu que à noite me informaria.
Também questionei a Nelly sobre se conhece algum taxista que transporte bicicletas, para o caso do Rubo recusar.

E entretanto os corvos comeram o lavash e deixaram as cascas dos figos.

Hoje introduzi o negro e bem cortante, naturalmente. Estou furiosa por me ter sido retirado o acesso aos táxis partilhados entre Gyumri e Yerevan.

É Mush 2. As pequeninas janelas de tantos prédios, e as estradas.

A cervejaria que existe mesmo ao lado do meu prédio, e que tem ficado em praticamente todas as fotos da rua. De facto eu não sabia que era uma cervejaria, e hoje decidi entrar na loja para perceber o que vende.
E eu que andava há tanto tempo a querer experimentar a cerveja de Gyumri. Há uma antiga fábrica de cerveja no centro, que antes recebia visitas ao fim de semana, pelo que li na internet. Mas pelo que sei, agora está fechada, já não recebe visitas de turistas. Há outra fábrica, a funcionar, mas essa creio que não se visita.
Este é o Rubik, o dono da cervejaria.

Eu pedi um copo para experimentar, mas o Rubik disse que não vende copos, só garrafas. Mas eu não quero uma garrafa inteira.

Então o Rubik deitou um pouco de cerveja nesta caneca, que foi buscar dentro da arca dos gelados. Quase que a encheu, e eu nem um terço bebi. Ofereceu-ma, não ma deixou pagar. É boa. Eu não sou entendida em cervejas, efetivamente gosto de cerveja mas misturada com algo doce, como Sprite, 7Up, ou melhor ainda – groselha.
Bom, mas já não me vou embora de Gyumri sem experimentar a cerveja de Gyumri.
Depois o Rubik também queria que eu experimentasse um vodka, com um odor fortíssimo, mas eu não gosto, e tive de fugir.

Atenderam-me várias pessoas nesta padaria, ao longo do mês, e esta simpática senhora foi a segunda vez que me atendeu. Acabei por não ficar com o seu nome.

Aqui no supermercado é a Araks, também muito simpática, que me atendeu bastantes vezes.

São 20h03. Posso dizer que é perfeitamente anormal eu comer bolos à noite, mas já estou a preparar-me para o dia de bicicleta, amanhã. Andei a estudar o percurso até um mosteiro chamado Harivashank, mas desisti da ideia porque o caminho é exatamente igual ao de Horom, que fiz na crónica 5. Depois continua mais uns quilómetros. Pelo menos 25 km são repetidos. Então procurei destinos ao acaso no mapa, na aplicação Maps.me. Vi a povoação de Meghrashat – é um caminho que ainda não fiz. Posso fazer amanhã. 19 km, 1h25. (Alguma vez eu faço isto em hora e meia. No mínimo quatro horas, com todas as paragens para tomar café em casa das pessoas). Sempre a direito, não tem subidas.

Esta tarde a Nelly deu-me um contacto de um taxista que talvez consiga transportar a minha bicicleta, chama-se Bagrad. Entrei em contato com ele via WhatsApp, em arménio, e o Bagrad respondeu logo, também através do tradutor Google, em inglês. Pedi-lhe para traduzir para português. Deu imediatamente o ok à viagem na segunda-feira ao lago Sevan. O Rubo não chegou a dizer nada hoje.

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