32 – Galeria Nacional de Sófia

São 11h e finalmente cheguei ao meu destino: a Galeria Nacional de Sófia. Este era o meu grande objetivo de hoje, pelo que tudo o que fui vendo pelo caminho foi um pouco à pressa, pois não sabia quando chegaria aqui. Recordo que hoje ao final da tarde tenho o avião para Lisboa, e eu não queria de forma alguma falhar esta galeria. Estava nas top priorities. O Maps.me não tem esta galeria no mapa; é uma coisa bizarra, e procurei com todos os nomes possíveis, até pelo nome do edifício, um tal de “Kvadrat 500”. Nada. Vi na internet que esta galeria fica ao lado da Catedral de Alexandre Nevsky, e foi por aí que vim. Ainda tive que perguntar a um taxista, em frente à catedral, onde fica a galeria. Estava a trezentos metros dela e não a via, estava bem escondida. Eu cheguei pelas traseiras.

Entrei com o meu cartão de estudante, da Universidade de Lisboa. Apesar de eu já ter terminado o mestrado, o cartão ainda está dentro da validade. O bilhete custou assim 3 leva, ou seja, 1,5 euros.

Aqui no rés-do-chão está patente uma exposição temporária de mulheres-artistas. No andar de cima, para o lado esquerdo é a Galeria de Arte Nacional. Para o lado direito é o Museu Nacional Etnográfico.

Esta é a exposição temporária de mulheres-artistas, resultado do “Fundo Búlgaro para Mulheres”, criado em 2017, com o objetivo de estimular a criação artística. Em 2022 foi lançado um concurso e estas artistas ganharam.

Já no andar de cima. O museu Etnográfico tem apenas cartazes, quase todos em búlgaro.

Ainda não tinha mostrado os meus óculos da Dolce & Gabbana, pois não?… Quando os ponho, até consigo ler búlgaro!
(Lá chegaremos!… Já faltou mais… porque tenho eu de apontar a câmera do telemóvel para traduzir? Em breve bastará pôr os óculos, e eles traduzirão tudo automaticamente).

Agora sim, passo à Galeria de Arte Nacional.

Estava eu a tentar repetir a proeza de fotografar-me, juntamente com o bonito palácio, neste espelho, quando aparece aquele visitante, que, virei a saber, é alemão. Pois ele estava a olhar-me de soslaio, a ver-me tirar esta selfie. E não foi de meias medidas, quando eu saí, foi ele fazer o mesmo.

Ora eu vendo que ele achou graça à coisa e que estava a tentar fazer o mesmo, ofereci-me para fotografá-lo, e pedi-lhe também uma foto minha. Mas isto assim perde a graça, porque esquecemo-nos de um pormenor: é que a outra pessoa também fica no reflexo do espelho. Isto pode não ser importante para algumas pessoas, mas a graça deste tipo de fotos é ficarmos sozinhos ao espelho. Bom, guardei esta foto de recordação, mesmo assim. Ainda por cima estou despenteada. Volte cá, senhor alemão, tenho de pentear-me, temos que tirar outra foto. (Não, não lhe disse isso, fiquei com esta foto e pronto).
Curiosamente virei a encontrá-lo noutro local de Sófia, na rua, daqui a umas horas. Eu ri-me e cumprimentámo-nos sem parar de andar.

Aqui já estou numa sala dedicada a pintores estrangeiros. Este pintor Ferdo Kovacevic é da Croácia.

Já estão cansados de tantas pinturas? Este museu é muito pequeno, eu fotografei quase todas as obras, e não estou a mostrar todas as fotos que tirei.

Só mais tarde, já em Portugal, é que virei a descobrir que há outra Galeria Nacional, também ao lado da Catedral de Alexandre Nevsky. Esta é boa. Quando perguntei ao taxista onde fica a Galeria Nacional (estávamos nós na entrada da catedral), ele podia ter apontado para qualquer um dos dois edifícios. Apontou-me para o Palácio. Mas também há uma Galeria Nacional chamada ““Kvadrat 500”, esta muito maior, com 4 andares, que abriu em 2015.
Paciência, já tenho um pretexto para voltar a Sófia, um dia.

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