28 – O metro em Sófia (e mais banitsas)
A caminho do jardim zoológico. Segundo a aplicação “Maps.me” tenho de ir a pé até Lavov most, e aí apanhar o metro até Vitosha. Depois vou a pé até ao zoo. Isto é muita caminhada. O meu pé, que tem um tendão magoado, não deve achar muita graça. Mas eu já calculava que fosse assim, numa grande cidade é impossível não andar muito a pé. Ele está a aguentar-se. Fazia-lhe bem uma bicicletazinha, mas pronto, n’a pas.
É quase meio-dia agora, e conto almoçar no zoo. Já comi uma banana, que comprei num supermercado pelo caminho. E eis que tenho aqui banitsas doces. Ainda não provei banitsas doces!! Só provei uma salgada, feita pela Zacarina, na crónica 21.
O Google Translator diz-me que são banitsas em forma de charuto, com maçãs, nozes e canela. 1,30 leva cada uma. O Translator enganou-se, disse 4,30 e eu acreditei. O número “1” percebe-se mal. Que ar apetitoso têm. Venha uma, excecionalmente, para me aguentar até ao almoço. Não é de todo normal eu comer bolos antes de almoço, mas hoje a minha vida está muito incerta. E não posso ir-me embora da Bulgária sem provar uma banitsa doce.
Foquei o café propositadamente, e não a banitsa. Apesar de não o mostrar agora, havia várias pessoas a entrar e sair. Haviam várias pessoas sentadas, à minha frente, e também atrás do cartaz. Demorei-me tanto tempo com a foto, que só apanhei este rapaz.
E a banitsa é absolutamente deliciosa.
O bilhete do metro custa 1,60 leva (0,82€).
As duas raparigas chamam-se Gabriela. São duas Gabrielas!
Agora tenho que andar isto tudo a pé até ao jardim zoológico. Não me apetece, quero ir de autocarro. Ainda tenho o bilhete de ontem, que comprei para regressar no elétrico, e afinal não foi preciso. Não está validado.
Só para chegar à paragem do autocarro foi meia hora. Foi uma senhora que me ajudou (em espanhol! Era búlgara, mas perguntou-me se eu falo espanhol) e disse onde eu podia apanhá-lo. São agora 12h46. Não fui de meias medidas, sentei-me no chão, à sombra; não quero carregar no pé. Tudo deserto.
Mas o autocarro veio logo ao fim de poucos minutos. O motorista muito carrancudo, sem querer ajudar quando eu lhe perguntei por “zoo”. A palavra “zoo” é internacional, é igual em todas as línguas. Mas há pessoas que não querem mesmo ajudar. O facto de ser uma língua difícil, com um alfabeto diferente, e de haver pessoas assim, com má vontade, torna a vida difícil a um turista. E tive algumas experiências destas, nesta minha estadia de 14 dias na Bulgária. A sorte é que são muitas pessoas, e no meio há sempre alguém mais simpático e disponível. Neste caso não havia ninguém porque o autocarro ia vazio, mas ouvi anunciar a próxima paragem, e a palavra foi bem clara: “zoo”. Saí. Foram duas paragens.