02 – 1º dia, chegada a Lom

Foi uma viagem um pouco violenta, posso dizê-lo. Consegui voos diretos entre Lisboa e Sófia, pela Wizzair, com partida de Lisboa às 22h40, e chegada a Sófia às 2h30 da manhã. O voo atrasou-se e aterrou às 3. Dura 3h50; na Bulgária são duas horas a mais relativamente a Portugal, pelo que na hora local, à chegada, eram 5 da manhã.
Esperei um pouco no aeroporto, ainda cabeceei de sono, sentada num banco, e aguardei pela abertura da agência de câmbios. É necessário trocar euros pela moeda búlgara: o “lev”. Um euro equivale a 1,96 leva (o plural de lev” é “leva”, mesmo em inglês).
Apanhei então um táxi até ao “Aether Artspace”, o espaço artístico de Voin de Voin, um dos mentores búlgaros da residência. Normalmente prefiro o metro, porém não há uma linha direta para ali, desde o aeroporto, seria preciso andar um pouco, e carregada com bagagens seria complicado. Os táxis na Bulgária são baratos, avisaram-nos logo. Paguei 19,5 leva, ou seja, cerca de 10€, entre o aeroporto e o centro de Sófia. Estes preços estão divulgados na internet, não foi surpresa.
Eram 7h30 da manhã quando cheguei ao Aether Artspace. O Voin iria chegar às 11h. Ao lado do seu espaço existe a igreja que se vê nas fotos abaixo; tem um pequeno parque infantil; havia muita gente a passear; e dormitei nos bancos do jardim, com as bagagens junto a mim. A mala grande está com 16,5 kg, inviabiliza-me passear por Sófia. A coordenadora da residência, a música búlgara Viktoria Nikolova, ainda tentou ajudar-me, trocámos alguns emails antes da partida, ela procurou locais onde eu pudesse guardar a bagagem e ir dar uma volta, mas os locais perto abriam apenas às 10h. Outros estão abertos 24h por dia, mas são longe do Aether Artspace. Não compensava tantas voltas, e cansaço, e eu cheia de sono. Estendi-me nos bancos do jardim e tentei dormitar.
Às 11h o Voin chegou, sempre bem disposto e simpático, apresentámo-nos, e ainda fomos buscar dois outros elementos, ligados ao outro projeto que decorria em simultâneo, o “Music Art Tabor”. Partimos então para Lom, os quatro, no carro do Voin. A viagem durou cerca de três horas, são 162 km. Comemos algo pelo caminho, e à chegada fomos recebidos pela fundadora e diretora da IME, a organização não governamental (ONG) que organiza esta residência artística – “Water Tower Art”, bem como o evento do “Music Art Tabor”: a artista búlgara Nia Pushkarova.

Igreja de São Jorge, Sófia.

Chegada a Lom.

Vista do terraço do hotel.

E não fomos de meias medidas: vamos já refrescar-nos na praia. A média de temperatura anda aqui pelos 38°C (100,4° Fahrenheit). Este é o rio Danúbio. Entretanto juntaram-se-nos mais 4 ou 5 residentes. Eu tinha acabado de chegar a Lom, ainda não conhecia ninguém a não ser o próprio Voin, que me trouxe, mais os dois rapazes que vieram connosco no carro, e ainda estava comedida a tirar fotos. Não fotografei o resto do pessoal, portanto. (Claro que me arrependi).

O Voin, com o cão pertencente ao ator das calças verdes, que está a atuar.

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