141 – Hotel à Beira do Lago Vembanad & Desenvolvimento Económico da Índia
A Índia é um dos integrantes do grupo dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), conceito criado pela Goldman Sachs para designar os quatro principais países emergentes do mundo. Refere-se à acumulação de capital financeiro, ao aumento da produtividade e às projeções demográficas. De acordo com o estudo da Goldman Sachs, a economia indiana será maior do que a japonesa em 2032, e a da China maior do que a dos EUA em 2041. As economias dos BRIC em conjunto terão um maior peso do que a dos G6 atualmente (grupo dos 6 países mais industrializados e desenvolvidos economicamente. Por ordem de importância: EUA, Japão, Reino Unido, Alemanha, França e Itália).
Atualmente as economias dos BRIC valem menos de 15% das do G6.
Destes países hoje pertencentes ao G6, apenas os EUA e o Japão estarão entre as maiores economias em 2050.
Apesar do muito mais rápido crescimento, todavia, os indivíduos nos BRIC deverão continuar a ser mais pobres, em média, do que os indivíduos das economias G6 em 2050. A Rússia é a exceção, basicamente apanhando o mais pobre dos G6 em termos de rendimento per capita em 2050. O rendimento per capita na China deverá estar onde atualmente estão as economias desenvolvidas (cerca de US$30,000 per capita). Nos EUA, o rendimento per capita em 2050 rondará os US$80,000.
As previsões da Goldman Sachs podem parecer dramáticas, porém basta olhar para as últimas décadas para se verificar que a economia mundial pode mudar muito. Basta olhar para últimos 30 ou 50 anos. Há cinquenta anos, o Japão e a Alemanha lutavam para emergir da reconstrução. Há trinta anos atrás, a Coreia estava a apenas a emergir da sua posição de nação de baixo-rendimento. E mesmo na última década, a importância da China na economia mundial aumentou substancialmente.¹
Note-se aqui a ausência de África – nos BRIC estão representados a Ásia, a Europa e a América Latina. A Goldman Sachs destaca naquele continente a África do Sul, a qual participará igualmente neste processo evolutivo. (Mais detalhes no link abaixo).
Houve uma lacuna. O médico não disse se eu podia comer peixe. Referiu-se apenas a carne, leite e ovos. Claro, estava no Rajastão, ali o peixe é uma raridade. Mas agora estou no sul, e aqui é a terra do peixe. E estou esgalgada com fome. Entrei na fase da recuperação total e dá-me umas fomes desgraçadas, eu, que ando a bananas e duas garfadas de arroz. Tenho tanta fome… Venha daí o primeiro prato de peixe em terras sulistas: Vypeen Moilee, “fish, prawns and squid stewed in coconut milk, which is a delicacy from an island near to Fort Cochin”.
Que delícia, que jantar maravilhoso.
Mas foi uma má opção, foi uma má opção…
Afinal também não posso comer peixe. Piorei a olhos vistos, voltei a ter tonturas, fiquei maldisposta e acabei por vomitar tudo, mais de duas horas depois.
Come uma bananinha, Rute, e vai dormir.
A partir de agora os hotéis já têm mais gente. Eu, que me tinha habituado a perguntar sempre, soube que dos 25 quartos deste hotel, 21 estavam ocupados. Que multidão.
¹ Goldman Sachs (2003), “Dreaming With BRICs: The Path to 2050”, Global Economics Paper No: 99. Página consultada a 4 de Janeiro de 2010,
<https://www.academia.edu/29331504/Dreaming_With_BRICs_The_Path_to_2050>