110 – De Regresso aos Encantadores Domínios do Gajner

Liceu. Não que eu soubesse ou conseguisse ler em algum lado que era uma escola, e muito menos que tipo de escola era – foram as crianças que vêm ali a correr, ter comigo, que me explicaram. “English Medium” – disse-me um rapazito, todo desembaraçado no inglês. Falas muito bem inglês!, disse-lhe eu, após algumas palavras. Ele riu-se e disse que aprendia na escola. Depois queriam que eu fosse jogar críquete com eles. Bom, as gentes desta vila – crianças e adultos – são um espanto, uma simpatia. Eu não sei jogar críquete (em Dhamli – não cheguei a contar, ainda dei uma tacada na bola, a jogar com a rapaziada na rua, sob o incentivo do Thakur Inder), (uma desgraça, sei lá dar tacadas nas bolas…), pelo que os deixei a jogar no pátio. Recordemos que estamos no período de férias escolares, a escola está deserta.

Eu andava de bicicleta dentro do palácio, como é sabido de estadias anteriores, inclusivamente mesmo até à porta do meu quarto, que se vê na foto abaixo. A novidade agora, a esta hora (eram oito da noite) era a quantidade de rãs que andava por aqui. No centro havia um pequeno lago, e elas ou estavam dentro do lago, ou no chão, aos saltos. Tive de ter cuidado, na bicicleta, desmontei e encostei-a à parede (ali ficou toda a noite) e fui ajudada por um empregado do hotel que passava, um rapaz alto e magro, a apanhar uma. Andávamos os dois atrás das rãs; elas saltavam, era difícil. Depois passou-me uma para as mãos. Entretanto resolvi tirar uma fotografia e consegui eu apanhar outra. Coitadinha da rã, deixou de espernear, ficou quieta, e parecia que tinha os lábios pintados….

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