028 – Despedida do Shikarbadi & de Udaipur
Repeti o que fiz ontem: fui dar um passeio de bicicleta até às sete, hora a que começavam a servir o pequeno-almoço. Isto de ter uma bicicleta à mão é uma maravilha. A experiência começou na Austrália – quem acompanhou as crónicas desta viagem há de recordar-se – e a partir de agora não dispensarei mais, nestas viagens. A bicicleta ficava estacionada num recanto do hotel, perto da receção, junto de uma scooter e de outra bicicleta. Mas eu andava dentro do hotel com ela, ia até ao quarto com ela, ia para o restaurante de bicicleta, ia para a piscina de bicicleta. Estamos a falar de espaços de talvez de 50 metros. Já não largava a bicicleta por nada. Ninguém me dizia nada. Temos uma hóspede um pouco excêntrica, deviam pensar, deixem-na andar. Também o hotel está vazio. Repeti a proeza em todos os futuros hotéis, e apenas num o gerente me disse que não era permitido. Olha que pena…
Continuei a andar.
Vem cá ter comigo, vem… apanha-me lá… e depois quero ver as regras do hotel… se alguém pensou nisso de colocar uma regra que era proibido andar de bicicleta…
Ainda com um ar ensonado.
Reparando os estragos dos macacos.
A bicicleta a partir de agora vai no tejadilho do carro. Temos cerca de três horas de viagem até ao nosso próximo destino. Haverá alturas em que pedalarei pelo caminho, lá chegaremos, mas hoje fui sentada no carro. Estou a começar o sexto dia de viagem.