003 – Conhecendo Nova Delhi
Está bem, confesso que ainda dormi umas três horas no hotel. Nem me despi, nem desfiz as malas, caí na cama, adormeci, tocou o despertador, levantei-me e continuei a viagem. No nosso horário dormi entre as 4 e meia e as 7 e meia da manhã. Começa aqui outra saga – a do jetlag. São os voos e o jetlag… nestes primeiros dias ainda vejo as coisas à roda, a ondularem estranhamente… Aguenta-te, organismo, que em breve irás estar mais confortável.
E tenho a primeira guia à minha espera, ao meio dia e meia – Sujata – não faço ideia se se escreve assim, pelo menos diz-se. Muito simpática, tratou de ir almoçar comigo ao restaurante. Para mim são 8 da manhã, não faz mal, estou cheia de fome, vamos a isso. Aliás, fui eu mesma que pedi para ir almoçar. Sou como os ingleses, ao acordar estou esgalgada com fome e capaz de comer feijão, salsichas, ovos – marcha tudo. E desta vez marchou um “Chicken Tikka Masala”: frango preparado com uma mistura de especiarias – chamada “Masala”, tempero esse que irá acompanhar-nos (a mim e a vocês, caros leitores) durante toda a viagem. “Masala” é um dos temperos mais famosos na Índia. Começamos bem, foi a Sujata que escolheu por mim, porque eu olhei para a lista e disse-lhe que o menu estava em chinês… ou melhor, em hindi: चिकन टिक्का मसाला (Mas tinha tradução para inglês – todavia um “Chicken Tikka Masala” deixa-me na mesma. Sei lá o que é um Chicken Tikka Masala, venha daí…)
Durante um mês inteiro comi apenas comida indiana, esclareça-se já. Foi umas perguntas que mais me colocaram, à chegada. “E o que comeste?…” Durante um mês, devo talvez ter comido duas ou três refeições das nossas, tudo o resto foi indiano. A comida é uma delícia, e ao longo destes emails aperceber-se-ão disso. Normalmente dão a escolher se queremos picante ou não.
Edifícios governamentais (1921 – 1930). (Fotos acima e abaixo).
Porta da Índia, chamada inicialmente “Memorial de todas as guerras indianas”, foi construída entre 1921 e 1931 para lembrar os soldados indianos mortos durante a Primeira Guerra Mundial e as Guerras Afegãs de 1919. Os nomes destes soldados, 85.000 no total, estão inscritos nas paredes do monumento.