86 – De metro em Buenos Aires II

Hoje é o último dia de viagem. Ao meio dia tenho de estar na receção do Tribeca, pois vão levar-me ao aeroporto.
Acordei cedo, despachei o pequeno-almoço e fui conhecer a linha A (azul clara), inaugurada em 1913. Esta é uma verdadeira atração turística por ter sido a primeira linha de metro da América Latina e por conservar as carruagens que se utilizavam nos princípios do século XX.
Estamos numa segunda-feira, de manhã, agora o metro já vai bem cheio.
E era mesmo engraçado. Bancos de madeira, com janelas iguais às dos nossos elétricos, que abrem para baixo e ficam totalmente abertas. Sentei-me à janela (ia a contrariar o fluxo de pessoas que chegavam ao centro, por isso arranjei lugar e à janela… e desta vez não saí, não tive tempo, pelo que nem me levantei quando o metro chegou à última estação) e fui apanhando o vento dos túneis.
Algo perfeitamente insólito para um europeu habituado aos metros fechados, claro.
Tirei uma foto ao túnel e tudo.
Uma vez mais fui uma autêntica alien para esta gente. Aí vou eu, de máquina a tiracolo, a fotografar tudo e todos. As pessoas ainda ensonadas, a recuperar do fim-de-semana, em pé, sem lugares, apertadas e empurradas, a caminho do emprego.

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