109 – Hot Pot de Iaque
Hoje foram ao todo 50 km de bicicleta. Às cinco e meia da tarde começou a chover torrencialmente. Que sorte ter passado o dia a andar de bicicleta sem um pingo de chuva. Partimos – eu e a bicicleta – dentro do carro (que entretanto estacionou nas proximidades do Parque Hi Sea, para apanhar-me) e às 19.15h estávamos no restaurante a comer um quente e delicioso Hot Pot de Iaque.
Foto tirado do carro, em andamento. Aqui se vêem como as pedras são utilizadas para mostrar o nome das povoações.
Pedras à venda. Nesta estrada a caminho de Dali vêem-se muitas à venda.
O Hot Pot tem algumas malaguetas a boiar. A guia foi não sei onde, pelo que eu disse isso ao Nong Bu – apontei para as malaguetas. Ele tirou uma com os pauzinhos (está ainda a cozinhar-se, não tem ainda os ingredientes todos) e disse que não. Eu constatei posteriormente que são bagas de goji, não são malaguetas. E quando finalmente ficou cozinhado e nos servimos, comi com os pauzinhos ao contrário. Já é a segunda ou terceira vez que isto me acontece. Quando dei conta, virei-os imediatamente. Apenas o Nong Bu deu conta, e rimo-nos. A guia nem percebeu o que se passou. Hoje é o meu último jantar com eles. Amanhã tenho o dia livre em Dali, bem como jantar livre também, pelo que nem vou vê-los. E no dia a seguir parto para Pequim.
Esta família jantava numa sala ao lado. Convidaram-me imediatamente a juntar-me a eles, mas eu tinha acabado de comer, estava cheíssima e incapaz de voltar a comer, pelo que lhes fiz sinal com a mão na barriga, numa tentativa de explicar-lhes que estou satisfeita.
Fui comprar um bolo e um pacote de leite com morangos, para tomar no pequeno-almoço de amanhã.
Os três discos que trouxe de Yunnan. Os das pontas foram-me oferecidos hoje pelo Nong Bu, e o do lado direito é excecional. Um músico a tocar Huqin. Conforme já explicado na crónica 44, este DVD ouvimos à vontade umas cem ou duzentas vezes, ao longo destes dias. Estava o Nong Bu viciado no disco, e pôs-me a mim viciada também. Cheguei eu própria a pedir-lhe para pôr o disco, enquanto ele conduzia em silêncio, estrada fora.
Os três podem ser ouvidos no separador “Media” do site RN.
Amanhã parto numa excursão de autocarro, de um dia inteiro, paga à parte. Vamos ver o que me espera. Inspirei-me neste cartaz exposto no meu hotel. Aparentemente a excursão de autocarro inclui algumas destas atividades, inclusive um passeio de barco. Também tem almoço incluído. Estive muito indecisa, até ao último momento, sobre se queria andar livremente de bicicleta, a meu bel-prazer, ou se me inscrevia nesta excursão. As informações da guia foram vagas, não me soube dar grande informação, ou traduzir devidamente o que os funcionários do hotel diziam, sobre a dita. Receei que estivesse o dia todo a chover, o que me arruinaria o passeio de bicicleta. E lá me inscrevi na excursão. Paguei o triplo do normal, vim a descobrir mais tarde. Há que regatear sempre o preço, por estas bandas. Paguei 360 Yuans (ao câmbio desta altura, 51€), e vim a descobrir que o preço andava pelos 120 Yuans. Neste preço está incluído também o transporte de ida e vinda até à paragem onde o autocarro pára, a uns dez minutos. E é o próprio dono do hotel quem vai levar-me e trazer-me. Pronto, cobrou os seus serviços.