102 – Final de Tarde e Jantar
Depois de jantar vou sentar-me na cama, cerca das 20h, e vou adormecer. Vestida. Foi um dia com muito barulho, muito trânsito, muito cansaço. Às 21h acordei e lá fui tomar um duche e continuar as lides de desempacotar as malas. Vou passar aqui três noites, no mesmo hotel. No final irei apanhar um avião para Pequim e começar uma nova etapa da viagem. Nova e excelente etapa.
Viajar exige grande forma física e mental, não há dúvida sobre isso. Nem tudo são rosas. Há cansaço, há contrariedades, há coisas que se gosta mais e outras que se gosta menos. Não se encontram só pessoas simpáticas, por exemplo. Também há que saber lidar com pessoas mais agrestes. Faz parte. Não acontece só na vida do dia-a-dia – acontece em férias também. As contrariedades existem em todo lado. E enfim, tirando aquelas férias em que se está de papo para o ar na praia, o dia todo (e mesmo assim essas são cansativas também – quantas vezes parece que levámos uma tareia ao final do dia, depois de um dia na praia?), qualquer outro tipo de férias que envolve deslocações, atividades e movimento, é claro que cansa. Mas não se morre. Pelo contrário: vive-se mais.
Aquele pagode budista fica mesmo em frente ao meu hotel, e ainda andei por lá a espiolhar. Atravessei a estrada de oito faixas, nos semáforos, e andei à procura dele. Parece fácil encontrá-lo, mas não é. Anoiteceu entretanto e não me aventurei mais. Regressei ao hotel, são horas de descansar. Também não há muito mais para ver. Não dá para entrar nestes pagodes, só se vêem de fora. Na crónica 84 já tinha andado a ver outro.
Vê-se o lago Erhai ao fundo. Amanhã vou ter o dia dedicado a ele, na bicicleta.
“Abrigo de Emergência”. É curioso, isto. Um abrigo de emergência, tal como já tinha mostrado na crónica 92. Para que emergências será?
Hoje estou com pouco apetite. Pedi noodles com vegetais e um ovo cozido, mas ficou quase tudo na tigela.