109 – Almoço em Maliana
Serviços administrativos da divisão distrital do Ministério da Saúde. Efetivamente eu pensava que era um centro de saúde e tentei entrar. Estava fechado. Mas o segurança viu-me e abriu a porta para eu espreitar. Entretanto ele indicou-me que o hospital é mais para a frente.
Um dos funcionários, um homem gordo e muito divertido, reuniu a equipa toda para esta foto. Foi buscar um a um, puxando-os, e alinharam-se todos. E depois ele disse que eu já podia tirar a foto e fugiu, deixando-os a eles todos alinhados. Claro que nos rimos todos à gargalhada, com a surpresa, e eu acabei por tirar esta foto à pressa, antes que eles dispersassem novamente.
É estagiário no 4º ano de Medicina. Faltam dois anos para terminar, contou-me.
São duas da tarde, tenho 41 km na bicicleta. Venho a pedalar desde a fronteira de Mota-Ain. Foi uma manhã bastante agradável e suave.
Este é o segundo prato, repeti tudo, com exceção do arroz. Carne de vaca com batatas fritas, massa, arroz e legumes. Tudo escolhido dos sete tabuleiros que estão em frente à senhora, na montra, com a comida já feita. Quem é que disse que não se pode comer batatas fritas, massa e arroz, tudo ao mesmo tempo? E a seguir foram duas bananas.
O que sobrou, sobretudo arroz, e mais uns bocaditos de carne que deixei propositadamente, foi para o cão que está à porta do restaurante, lá fora. Ele já deve saber que de vez em quando lhe calham uns bocadinhos. Em tétum “cão” diz-se “assu”, ensinou-me o Valério. Eis as minhas aulas de tétum recebidas do Valério:
Sim = loss
Não = lae
Como está? – Diacalai (em tétum escrito é “Diak ka lae”, vim posteriormente a descobrir, e significa literalmente “Bom ou não?”)
Diacalai, tem um assu bonito!
(Já posso dizer isto a alguém).
(Mas “ass” é rabo em inglês. Também fico com a sensação que estou a dizer à pessoa que tem um rabo bonito, mas pronto).