049 – Alguns Ciclistas pelo Caminho

A fruta chamada “jaca”. Muito doce e saborosíssima.

Antes do meio dia estou quase com 50 km na bicicleta. O calor começa a apertar. O Valério está aqui parado à minha espera, e eu aproveitei para beber uns pacotes de leite com chocolate.

Prossegue a viagem e desta vez encontrei dois amigos ciclistas. Tentámos tirar uma foto com a máquina no chão, em contagem decrescente, mas a coisa não correu bem. Também não temos muito tempo nem paciência, pelo que guardei estas duas fotos e seguimos viagem. Eles seguiram-me ainda durante um bom bocado e o rapaz da bicicleta vermelha deu-me luta. Custei eu a acompanhá-lo a ele. Tendo em conta que a minha bicicleta é melhor – reparem que as deles nem têm travões – serão com certeza mais pesadas e as rodas mais pequenas dão menos velocidade. Ele chegou completamente transpirado à escola, mas chegou à minha frente.

O professor desta escola explicou-me que agora estão a ter aulas extra-curriculares apenas. Tirou-nos várias fotos, as primeiras contra o sol, pelo que tivemos de mudar todos de posição. Esta foi uma das que melhor se aproveitou, depois. É difícil encontrar alguém que tire boas fotos, assim de repente.

Eu pelos vistos também não sei tirar uma foto decente, ficou desfocada. Mas são cinco numa mota, era esse o objetivo, mostrar uma família inteira numa mota. E mais a carga, à frente – um saco e um cesto. Homem que é homem não se atrapalha.

Antes de conseguir aproximar-me tive de enfrentar uma fera. Outra fera como a da crónica 19, em Com. Manteve-me bem longe, e como eu não parava de olhar e não me ia embora, aproximou-se perigosamente, a rosnar. Eu desmontei e protegi-me atrás da bicicleta. Felizmente fui salva pelo rapaz do pião, na foto abaixo, que surgiu ao longe, de outra cabana, e deu um berro ao cão, o qual finalmente se afastou. Acho que a velhota o deixaria atacar-me e vi a coisa mal parada. É que eu não conseguiria montar novamente até que ele se afastasse. Este vinha mesmo para atacar.

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