012 – Chegada a Baucau – Jantar
Esta cabana é uma mercearia. Aqui no meio do nada. Páro a bicicleta e vou espreitar. Não se vê vivalma. Apareceu finalmente a dona, que veio em passo apressado de outra casa ao lado, pensando que eu queria comprar alguma coisa. Surpreendentemente começa a falar um inglês regular comigo. Ela é timorense mas está casada com um filipino que vive em Timor há 17 anos. Também apareceu o marido e o filho. Estivémos algum tempo a falar os três, em inglês. O marido, jovem como ela, disse que veio trabalhar para Timor, e nunca esperou casar-se com uma timorense e ficar por cá. Já lá vão 17 anos. E estão aqui no meio do nada, disse-lhes eu. Há clientes aqui?, perguntei. Eles riram-se. De facto vive-se bem aqui, tranquilamente, junto à praia, e fizeram-mo notar. Eu própria não me importava. Expliquei-lhes que ando a viajar por Timor durante 26 dias, e que tenho um motorista mais à frente à minha espera. Take care! – despediu-se ela de mim, quando parti na bicicleta.
Tirei muitas fotos neste troço, mas é uma tarefa difícil. Não parece, mas estamos a ser completamente chocalhados. E se baixo muito a câmera, só fotografo o capot da pickup. Esta ficou neste estado, torta, e já a endireitei ligeiramente no computador. E a próxima endireitei-a completamente.
De volta à bicicleta.
Chegada ao hotel, em Baucau, às 16.30h. Descansar um pouco, tomar um bom banho. Cerca das 18.30h, já a anoitecer, irei jantar.
Restaurante onde eu e o Valério vamos jantar. O meu quarto no hotel ficou com uma bombada de spray anti-mosquitos. Quando regressar do jantar, terei uma noite descansada, sem melgas. E assim será toda a viagem. Ainda foi necessário comprar uma segunda lata, pois a primeira esgotou-se. Esta ação é muito importante e garante-me sempre noites tranquilas, sem melgas e mosquitos.
Comi uma sopa de galinha e noodles com almôndegas.
Desta vez não há um cão, mas há cinco gatos. Ainda há um quinto para ali escondido, que não ficou na foto. Comeram uns bons bocados de massa e frango, todos.