034 – Flores – Visita ao Moinho de Água
Um cavalinho muito lindo que anda aqui a passear!… – cantei-lhe. Um cavalinho muito lindooooooo!… Que anda aqui a passeaaaaar!…
– Cantas muito bem, Rute – disse-me ele, aproximando-se.
– Obrigada, cavalinho, sei que estás apenas a ser gentil.
Adeus, tenho que seguir caminho – despedi-me. – Vive bem, cavalinho, estás gordinho e bonito. Mas muito sozinho aqui.
No miradouro está um casal alemão, dos seus 20 e tal anos. Já irei falar com eles. Deixaram o carro todo aberto e foram para o miradouro. Afinal de contas quem é que rouba um carro nas Flores? Foge para onde?
Cá estão eles. Estão a fazer duas semanas e meia de férias em Lisboa, Pico, Faial, Flores e no final São Miguel. A seguir vão eles tirar-me uma foto.
Agora o GPS está a mandar-me por aqui, por este caminho à direita. Vou ter festa!!!
(Recordo que escolhi um percurso de bicicleta, na aplicação Maps.me, percurso esse que mostrei na crónica anterior. Não estou a fazer um percurso de carros. As diferenças estão à vista).
Que coisa linda! É isto mesmo que eu quero.
Infelizmente foi amor de pouca dura. Já me mandou para a estrada outra vez.
Que monumentalidade.
São 13h30, o almoço terá que esperar. Estou de passagem, o moinho só abre da parte da tarde, e é uma grande subida para aqui chegar, desde a Fajã Grande, onde eu estou alojada. Não posso perder esta chance de visitar o moinho de água.
A Fátima trabalha aqui, para a Câmara, recebe os turistas e mostra-lhes o moinho. É gratuito.
A vibração da pedra – que se chama “mó” e está a rodar com a força da água (já vamos ver a água) – é que faz cair o milho.
Depois de mostrar-me o canal da água, a Fátima vai mostrar-me a roda de água, que está por baixo do moinho.
Pedi à Fátima para tirar a máscara, senão eu nem fico a conhecê-la. É da Fajãzinha, diz-me, onde eu tirei fotos há pouco, no miradouro.
A Fátima pensava que eu me ia embora, despediu-se, mas eu fiquei ali a rondar que nem uma raposa. O que está ela a fazer?
Está a lavar batatas para cozer para os porcos. Então não as comem cruas? Comem, mas cozidas fazem mais bem, respondeu-me.
Prossigo caminho. Afinal de contas o meu destino final é a Cascata do Poço do Bacalhau. E ainda tenho que almoçar.
Almoço, estou a chegar! São 14h04.