06 – Hop on Hop off até Brooklyn

Parques de automóveis. Os carros saem através de um elevador. Vêem-se com frequência, é uma forma excelente de aparcar dezenas de carros em pouco espaço.

Harlem. Passámos igualmente ao lado do famoso teatro Apollo, fundado em meados do século XIX, uma das salas de espetáculos mais antigas dos EUA onde atuam sobretudo cantores afro-americanos.

Harlem

Paragem no Hop on Hop off para visitar o Museu da Cidade de Nova Iorque.

Em breve chegaremos a Brooklyn e deixo já umas notas sobre este “borough”, palavra um pouco difícil de traduzir. Talvez possamos chamar-lhe distrito.
Brooklyn foi colonizada pelos holandeses a partir de 1624, e daí vem o seu nome: nessa altura foi chamada a Vila de Breukelen, à semelhança duma cidade existente na Holanda. Em 1664 os ingleses conquistaram o território, e ao longo dos anos o nome foi evoluíndo de Breukelen para Brockland, Brocklin, Brookline, Brookland, até chegar a Brooklyn¹.

Brooklyn apenas se juntou a Nova Iorque em 1898, após um referendo entre a população. Manhattan por esta altura tinha um índice de criminalidade alto e bastante falta de dinheiro. Brooklyn, por seu lado, era uma cidade próspera, mas tinha falta de algo que Nova Iorque podia proporcionar-lhe: água. Foi assim que ambas se juntaram, formando dois dos distritos entre os atuais cinco: Queens, Bronx, Staten Island, Manhattan e Brooklyn. Os cinco juntos formam a cidade de Nova Iorque, com 8 milhões de habitantes. Não confundir portanto Manhattan (com 1,5 milhões de habitantes), com a cidade de Nova Iorque (8 milhões de habitantes).

E não confundir também com o Estado de Nova Iorque, que além da cidade de Nova Iorque inclui mais sessenta e duas cidades. As cataratas do Niagara, por exemplo, pertencem ao Estado de Nova Iorque. Este Estado totaliza 19,3 milhões de habitantes².

Nós temos o hábito de chamar Nova Iorque a tudo, mas se fôssemos rigorosos e específicos, dado que normalmente vamos passar férias na zona da Times Square, deveríamos referir apenas “Manhattan”. Dizer “Fui passar férias a Nova Iorque” está correcto. É o mesmo que dizer “Fui passar férias ao Douro Litoral” para dizer que estivemos na cidade do Porto. A coisa complica-se nos EUA porque eles deram o mesmo nome a ambos – à cidade e ao estado.

Mas voltemos a Brooklyn.
Atualmente Brooklyn – também designada como Kings – tem 2,5 milhões de habitantes³ e aqui se pode encontrar outro nível de vida, mais tranquilo, com casas mais pequenas, jardins e parques vocacionados para as famílias, diferente da selva urbana de Manhattan. Brooklyn atrai atualmente as famílias com profissões liberais que procuram um estilo de vida mais calmo, tendo Manhattan a pouca distância.

Havemos de cá voltar uma noite, dessa vez de metro, para assistir a um concerto pela Orquestra Filarmónica de Nova Iorque no Prospect Park.
Gostei de Brooklyn.


¹ Wikipedia (s.d.), “Brooklyn”. Página consultada a 2 de Setembro de 2012
<
http://en.wikipedia.org/wiki/Brooklyn>

² U.S. Census Bureau (s.d.), “2010 Census Interactive Population Search – New York”. Página consultada a 2 de Setembro de 2012,
<
http://2010.census.gov/2010census/popmap/ipmtext.php?fl=36>.

³ U.S. Census Bureau (2012) “Annual Estimates of the Resident Population for Counties: April 1, 2010 to July 1, 2011”, 5 de Abril. Página consultada a  2 de Setembro de 2012,
<
http://www.census.gov/popest/data/counties/totals/2011/CO-EST2011-01.html>.

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