04 – Passeio de Barco
Entramos diretamente na tarde do segundo dia.
O primeiro foi a viagem e a chegada ao hotel às seis da tarde – ainda houve oportunidade para dar uma volta pela Times Square, levantar uns bilhetes reservados, e jantar fora: o primeiro hambúrguer com batatas fritas.
No segundo dia estávamos ainda decididos a não andar carregados com a máquina nem a tirar fotos a uma cidade cujas imagens se vêem constantemente na internet, televisão ou cinema, e com muito melhor qualidade do que as nossas. E eu muito menos a escrever crónicas. Pelo que a máquina ficou no hotel. O que fizemos? Começámos pelo tradicional Hop on Hop off, o autocarro de dois andares com o último piso descoberto, para ter uma primeira visão da cidade. Calhou a ser feriado – estamos a 4 de Julho, o famoso Dia da Independência. Foi pura sorte, e assim o autocarro percorreu muito mais facilmente as ruas, por vezes quase desertas às nove ou dez da manhã. Dado que foi a nossa primeira manhã em Nova Iorque, e tratando-se de uma quarta-feira, estranhámos haver tão pouco movimento, sobretudo após a noite anterior, com um bulício louco na Times Square às onze da noite. Não nos lembrávamos que era feriado. Esta gente só sai à noite? Não vai trabalhar de manhã? Estão presos no trânsito fora de Nova Iorque para entrar na cidade?…
Que ingenuidade a nossa. Bom, mas a frase “The city that never sleeps” não corresponde totalmente à verdade. No feriado de manhã estão todos a dormir.
Neste passeio tivemos o primeiro contacto com a parte “downtown” de Nova Iorque: o SoHo, a Little Italy, Chinatown, East Village, Chelsea, etc, etc. Havemos de cá voltar. Para perceber rapidamente o que é “downtown” e “uptown”, basta olhar para o mapa da crónica anterior. A parte sul, onde se vê a Estátua da Liberdade, é a “downtown”. Aí ficava originalmente a cidade de Nova Iorque, e aí se situa hoje o seu centro financeiro. À medida em que a cidade foi crescendo – para norte, claro – essas novas áreas foram sendo identificadas como “uptown”. Hoje tornou-se num termo relativo: qualquer coisa ao sul pode ser entendida como a “parte baixa.” Inversamente, qualquer coisa ao norte é a “parte alta.”
Mas voltando ao nosso passeio.
Terminado o Hop on Hop off, perto do meio dia, subimos nos rapidíssimos elevadores até ao 21º andar do New Yorker Hotel. Agarrei finalmente na máquina.
Ok, vamos tirar fotos.
Os autocarros das escolas. Vêem-se frequentemente.
Ao centro vê-se em construção um dos novos edifícios que vieram substituir as duas torres vítimas do atentado de 9 de Setembro de 2001. Chama-se “Freedom Tower”, tem 104 andares e terá 541 metros de altura. Será o edifício mais alto dos EUA. O nome oficial é One World Trade Center e a sua construção começou em 2006.
Ponte de Brooklyn, construída entre 1869 e 1883, a qual atravessaremos a pé mais adiante e dela falarei então; seguida da ponte de Manhattan, construída entre 1901 e 1912, a qual atravessámos no autocarro do Hop on Hop off, e noutro dia de metro também.
Mais ao fundo vê-se a Ponte de Williamsburg, construída entre 1896 e 1903. Todas ligam Manhattan a Brooklyn. Estas duas últimas são as únicas pontes suspensas em Nova Iorque que mantêm o tráfego automóvel e ferroviário em simultâneo.