073 – Ilhéu das Rolas
Seu cãozinho tonto! Gordinho e bem tratadinho aqui no Ilhéu das Rolas, sortudo…
O Pedro, que se ofereceu para guiar-me até ao miradouro, no topo. Eu disse que não é preciso, que gosto de andar sozinha. O Pedro ainda hesitou, mas depois acabou por acompanhar-me. Vai-me explicando algumas coisas pelo caminho e diz-me “aquela madeira” – significa “aquela árvore”, aprendi. Não é o primeiro santomense que me diz isto. Aquela madeira.
Eu de calções de ciclismo e com o cabelo preso, mas sem capacete. Este, bem como os dois cantis de água, ficaram no bar do hotel, na Praia Inhame. Recordo que fui de bicicleta desde o hotel até à cidade de São Tomé. E que a bicicleta ficou presa na oficina, junto aos táxis. E agora dou conta que contabilizei mal os quilómetros que fiz nesta viagem: 550 km. Esqueci-me que fiz 8,2 km de bicicleta até à cidade, hoje, para apanhar o táxi partilhado. Na minha contabilização final, assinalei o dia de hoje como tendo sido “exclusivamente táxi”. Errado. Significa isto que afinal fiz 558 km de bicicleta em São Tomé e Príncipe, e não 550. Vou ter de corrigir aí alguns textos, está visto.
Papaias.
O monumento ao Almirante Gago Coutinho está a ser reparado. Ouve-se um rádio muito fanhoso a tocar música.
Esta linha é a do Equador. Este ponto está mesmo na linha do Equador.
Um homem ofereceu-me este coco. Tinha muitos. Eu dei-lhe uma nota de 5 dobras.
Bebi a água de coco e depois o Pedro partiu a casca para eu poder comer o interior. Fui a comer no barco.
Se tivesse mais tempo daria uma volta à ilha. Mas ligaram-me do hotel da Praia Inhame dizendo que o taxista Nelson vai partir, para eu ser rápida. E então telefonei ao Carlos, o capitão do barco, para irmos embora. Ele está algures lá ao fundo.
Desta vez levo outro passageiro comigo. São agora 13h27. Pelos vistos não vou almoçar, não tenho tempo. Vou comendo o coco e as barras de cereais que trouxe comigo.