039 – Flores – Baía de Alagoa

A bicicleta fica aqui presa com o cadeado e eu sigo a pé. Será viável, este caminho? É o que vou descobrir.

Apanhei um susto dos diabos ao avistar um homem ao longe, neste caminho deserto. E gritei-lhe, ainda de longe, a testar: “Hello!”. Eu pisgo-me daqui rapidamente, volto para trás se não me sentir segura. Felizmente apareceu logo a seguir a rapariga. Afinal é um casal de turistas franceses também a fazer este trilho. Vinham completamente vermelhos e transpirados, a subir.

Uma rede à esquerda, para impedir eventuais quedas. Na foto pode não parecer, mas isto é muito a resvalar para a esquerda, e o piso são folhas secas e escorregadias.

Turistas!

Afinal o miradouro do Maps.me é a Baía da Alagoa, descobri entretanto.
São 11h25.

Só posso sorrir perante tal cenário (inesperado) e por ter chegado bem a mais este destino.

Ali à frente vai um casal de Ourém! Vieram a caminhar também, mas do outro lado da Baía.

No canto da Baía existe esta cascata – e com um grupo de quatro turistas do Porto aqui a banharem-se! Hoje é dia 12 de julho, já começa a haver turismo, no rescaldo da quarentena da Covid-19. Comigo somos sete, aqui na Baía. Após uma breve troca de palavras com o grupo do Porto, descobrimos que amanhã vamos todos no mesmo barco para a ilha do Corvo.
E o casal de Ourém vai agora mergulhar no mar.

Este casal de Ourém – Elvira e Paulo – tem calçado de borracha para andar nas rochas e dentro de água.
Estão a passar dez dias de férias nas Flores. Fazem caminhadas diariamente, de muitos quilómetros. Hoje estão a fazer um trilho de vinte e tal quilómetros, contaram-me. Ah valentes!

O Paulo foi até longe, mas a Elvira voltou para trás com medo das caravelas-portuguesas. Parece que aqui nos Açores há muitas.

Eu aproveito para descansar, gozar este cenário lindo, e beber um gel energético, antes de iniciar a subida. Passei uma agradável hora aqui.
Despedi-me do grupo do Porto, bem como do casal de Ourém, e parti. Este casal também irá subir pelo meu caminho. Desceram por um lado, e sobem agora por outro.

A bicicleta está lá em cima, no topo.

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